Tamanho do corte no petróleo pela Opep+, esperado para amanhã, dará rumo à sucroenergia

Petróleo

Cortes previstos na produção de petróleo devem mexer com o setor sucroenergético (Imagem: REUTERS/Nick Oxford)

As condições do mercado sucroenergético nunca ficaram tão atreladas aos movimentos do petróleo como ocorrem desde que a epidemia da covid-19 virou pandemia. E seguem agora em compasso de espera pela reunião da Opep+ marcada para a amanhã, enquanto o barril do tipo Brent vacila.

O valor na bolsa de Londres experimentou recuperação desde dia 3, quando os produtores tradicionais – capitaneados por Arábia Saudita & mais Rússia e outros não associados, haviam marcado o encontro (adiado) para segunda.

Ontem, o contrato junho recuou quase US$ 2 (US$ 31,81), sob temor de que a possibilidade de cortes de 10 milhões de barris diários sejam pequenos face ao crash global na economia.

Noves fora a expectativa de que os inventários americanos de petróleo subam acima do projetado pelo mercado, o que se saberá nesta quarta (8) às 11 horas horário de Washington.

Até agora, por volta das 10h45, as cotações obedecem à especulação de que Donald Trump possa liberar parte das atividades econômicas nos Estados Unidos a partir de quatro semanas, conforme anunciado, além da liberação da cidade de Wuhan (onde começou a doença) e de outras localidades promovidas por Pequim. Varia em mais 1,69%, a US$ 32,

O enxugamento do volume de produção disponível do petróleo tira competitividade da gasolina e injeta ânimo ao etanol, que só na semana de 30 a 3 de abril despencou 13,79% nas usinas, de acordo com levantamentos do Cepea/Esalq.

O tamanho maior do corte de produção pode frear a queda do Brent, que estava em torno dos US$ 50 antes da explosão da crise sanitária-econômica. E isso frearia o corte dos preços da gasolina no Brasil.

Enquanto o etanol pudesse recuperar alguma margem neste início de safra no Centro-Sul – também com operações conturbadas pelas restrições e logística – igualmente tiraria mais cana destinada a mais açúcar. A commodity derreteu para quase os 10 centavos de dólar por libra-peso, com a possibilidade de sobra maior brasileira além da indiana, em meio a um consumo mundial que deve sofrer com a recessão em série.

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