Crise faz grandes bancos voltarem a ser queridinhos do mercado

O Goldman Sachs recomenda a compra de papéis do Itaú Unibanco e Banco Bradesco, enquanto o Bank of America adicionou o Itaú ao portfólio recomendado na região (Imagem: REUTERS/Rodrigo Garrido)

Com a turbulência nos mercados globais, os maiores bancos da 💥️América Latina voltaram às graças de analistas depois da queda de suas ações.

O 💥️Goldman Sachs recomenda a compra de papéis do 💥️Itaú Unibanco (💥️BBDC4) e 💥️Banco Bradesco (💥️BBDC4), enquanto o 💥️Bank of America adicionou o Itaú ao portfólio recomendado na região. Na semana passada, o 💥️UBS também elevou a recomendação das ações do Itaú para compra.

“Agora é a hora de comprar bancos”, disse Tim Love, diretor de ações de mercados emergentes da GAM Investments, de Londres, com cerca de US$ 1 bilhão sob gestão. Os grandes bancos brasileiros “são conhecidos por serem capazes de manter margens e dar lucro em qualquer ambiente”, acrescentou.

As maiores instituições financeiras do país, que incluem também o 💥️Banco do Brasil (💥️BBAS3), devem enfrentar a crise melhor do que outras empresas, pois estão bem capitalizadas e com reservas suficientes para cobrir pioras no risco de crédito dos tomadores, segundo analistas e gestores.

Bancos brasileiros também contam com anos de experiência em todos os tipos de crises, vantagem que as 💥️fintechs não têm.

“É difícil alguém ficar capitalizando as fintechs para competir com os bancos na situação atual”, disse João Braga, corresponsável por renda variável da 💥️XP Asset Management. “Os bancos vão ganhar um fôlego.”

NuBank

Empresas como Nubank, Stone e Banco Inter conquistaram terreno nos últimos anos (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Alvos fáceis

Os maiores bancos, repletos de produtos caros e serviços mal avaliados, eram alvos fáceis para as fintechs da região. Empresas como 💥️Nubank, 💥️Stone (💥️STNE) e 💥️Banco Inter (💥️BIDI11) conquistaram terreno nos últimos anos. Com isso, as ações de grandes bancos estiveram entre as de pior desempenho em 2023.

“Esse call [da ameaça] de fintech acabou ou foi postergado por muito tempo”, disse Braga.

Os valuations dos bancos, que despencaram desde fevereiro, também alimentam o otimismo. Instituições como Banco do Brasil são negociadas abaixo do valor patrimonial, enquanto os múltiplos caíram para os menores níveis desde 2016, quando o país enfrentava a pior recessão de sua história.

Os bancos vêm tendo desempenho inferior ao 💥️Ibovespa desde o início do ano: o índice MSCI Brazil Financials acumula queda de 51% desde 1º de janeiro.

“O desempenho recente das ações já reflete uma recessão profunda”, disseram analistas do Goldman Sachs liderados por Tito Labarta em relatório na segunda-feira, acrescentando que a queda dos lucros do Itaú e Bradesco já está precificada nas ações.

Bradesco Bancos

Os bancos podem compensar parcialmente o menor ritmo de crescimento do crédito em geral e aumento da inadimplência com mais empréstimos corporativos (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Estimativas cortadas

O Goldman Sachs reduziu em 12% as projeções de lucro líquido para bancos brasileiros em 2023 diante da estimativa de retração de 3,4% do PIB neste ano.

Os bancos podem compensar parcialmente o menor ritmo de crescimento do crédito em geral e aumento da inadimplência com mais empréstimos corporativos, já que empresas precisaram aumentar a liquidez.

Grandes empresas estão buscando crédito desde o início da pandemia e clientes de menor porte querem alternativas de investimento menos arriscadas, o que também impulsionou os negócios, disse o presidente o Itaú, Candido Bracher, em teleconferência.

“Estamos vendo um aumento dos depósitos bancários, pois as pessoas buscam reduzir o nível de risco das carteiras”, disse Bracher.

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