Wuhan sai do confinamento e reabre mercados de venda de animais

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O desafio que o governo à medida que Wuhan e o resto do país tentam retomar a vida normal será como manter abertos esses mercados e, ao mesmo tempo, impor regras contra o abate de animais vivos  (Imagem: Unsplash/@natalieng)

Carros faziam fila nesta semana na entrada principal do mercado de Baishazhou, um dos maiores de 💥️Wuhan, que vibra novamente. A cidade chinesa onde o 💥️coronavírus surgiu voltou à normalidade após meses de confinamento.

Um cartaz dizia: “Não é permitido abater e vender animais vivos”.

Baishazhou e outros mercados de produtos frescos são foco de um intenso debate global sobre se devem ter permissão para funcionar, pois outro mercado em Wuhan foi um dos primeiros lugares onde o vírus foi detectado.

Autoridades dos 💥️Estados Unidos, em particular, aumentam a pressão para fechá-los. No entanto, esses mercados na China e em outros lugares da Ásia são parte essencial da vida cotidiana, como lojas de vinho na cidade de Nova York ou boulangeries em Paris.

O desafio que o governo central de Pequim enfrenta à medida que Wuhan e o resto do país tentam retomar a vida normal será como manter abertos esses mercados e, ao mesmo tempo, impor regras contra o abate de animais vivos ou venda de espécies selvagens no local.

“Proibir mercados de produtos frescos não apenas será impossível, mas também será destrutivo para a segurança alimentar urbana na China, pois eles desempenham um papel crucial em garantir o acesso dos residentes urbanos a alimentos saudáveis e acessíveis”, disse o médico Zhenzhong Si, pesquisador associado da Universidade de Waterloo, que estuda segurança alimentar na China.

O coronavírus, que já infectou mais de 1,4 milhão de pessoas no mundo todo, foi descoberto em dezembro depois de uma série de casos inicialmente vinculados ao mercado Atacadista de frutos do mar de Huanan, um dos maiores mercados atacadistas aquáticos da China central.

Pesquisas subsequentes, incluindo um estudo de pesquisadores chineses 💥️publicados no Lancet em fevereiro, revelaram que alguns dos primeiros casos não tinham exposição ao mercado de Huanan.

Cientistas e autoridades chinesas acreditam que a doença foi transmitida de animais selvagens para seres humanos, provavelmente através de uma espécie intermediária como morcegos.

O contato próximo com animais selvagens no mercado, fechado desde janeiro, tem sido amplamente responsabilizado pelo surto.

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