Atenção com trabalho e renda alimenta preços de itens básicos e chegam ao produtor

População está buscando compras mais magras, mas preços sobem assim mesmo nos itens básicos (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

Algumas informações sobre preços de gêneros alimentícios começam a dar uma ideia do comportamento de parte da população no período de distanciamento social. Até o momento, sugerem que a preocupação com as condições de trabalho e renda têm levado as famílias a comprarem produtos mais básicos e mais em conta.

Já passou o estágio do consumo em excesso por medo do desabastecimento, como se viu dias antes e no início do isolamento imposto na maior parte do País. Nas últimas duas semanas, em especial nesta, a concentração de despesas é em categorias mais necessárias. Mas implica também em majoração no bolso,

Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, tem esse mesmo “sentimento de que a população esteja com medo de perder o emprego ou de cortes de salários” e está poupando nas compras. Aliás, perda de postos de trabalho e redução salarial já são comuns.

A elevação dos valores de itens básicos comuns à mesa já chegou ao produtor, como arroz, feijão e ovos. Produtos mais caros e que podem ser substituídos ainda não sofreram recuo no varejo, mas o produtor já sentiu nas ofertas de balcão, caso da carne bovina.

Em informe do Cepea/Esalq, os ovos brancos e vermelhos aumentaram, respectivamente, 3% e 4,3% na praça de Bastos (SP), maior produtor nacional. Os pedidos dos distribuidores e varejistas que compram direto superaram a oferta.

Em contrapartida, a carne bovina, também pelos dados da instituição da USP, caiu dos R$ 202,00 a @ no início desta semana e fechou ontem (9), a R$ 198,05. Mesmo considerando o menor consumo de proteína vermelha na Semana Santa, o valor em queda no atacado foi observado por Péricles Salazar, presidente da Abrafrigo, que apontou necessidade de ajustes por parte dos frigoríficos.

💥️Money Times nesta quinta trouxe também aumento dos preços do arroz, em plena chegada de maior oferta com a colheita acelerada no Rio Grande do Sul, com cotações de até R$ 57,00 a saca, acima do que seria normal em ritmo de safra.

E também com base em informações de Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, os valores pagos na originação do feijão cresceram em todos os tipos, o carioca, o caupi e o preto.

Para o economista-chefe da Austin, os túneis de ovos de Páscoa estavam cheios de produtos, o que demonstra outro sinal de atenção com compras que podem ser dispensadas, apesar de ser uma data muito importante para famílias com crianças.

O café pode ser o ponto fora da curva, igualmente como foi veiculado aqui. O consumo tem aumentado nos lares, compensando parte do fechamento das cafeterias, bares e restaurantes. Mas isso pode ser explicado pela notoriedade do consumo nacional, que superou o dos Estados Unidos.

Apesar de ser também um item comum nos encontros sociais, que praticamente desapareceram, tem ajudado as pessoas a passarem o tempo em suas casas.

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