Estoques de petróleo e crash global do PIB seguem atormentando o etanol
situação de demanda maior por etanol segue indefinida, mas com tendência de a gasolina se manter competitiva (Imagem: Reuters/Marcelo Teixeira)
O aumento diário dos estoques globais de petróleo em mais de 1,6 milhão de barris até semana passada, sobre o que já vinha sendo armazenado a mais, e o crescimento constante das reservas dos Estados Unidos, confirmam a projeção negativa de que os cortes de 9,7 milhões de bpd definidos pela Opep+ não enxugarão muito a oferta.
O barril do Brent, negociado em Londres, testou uma alta moderada mais cedo no horário brasileiro nesta segunda (13), virou para baixo da tabela, com o mercado precificando que a expectativa de consumo mundial caia para o menor nível em 20 anos. Agora (10h40 de Brasília) segue em rally na linha d’água, em torno dos US$ 31,50.
Ainda há uma chance de Arábia Saudita e Kuwait aumentar sua cota de cortes, somando um total de acima de 12 bpd,
Se persistir em queda, o etanol seguirá com pouco poder de recuperação no Brasil, dentro da tendência de a 💥️Petrobras (💥️PETR4) manter sua política de cortes na gasolina. Mais a oferta maior de safra, que começou no Centro-Sul, combinando para manter preços comportados.
Os dados do US Energy Information Association (EIA) e do Instituto Americano do Petróleo (API, da sigla em inglês) reforçam que o melhor cenário seria uma redução da produção de 20 milhões de bpd, como, inclusive, 💥️Money Times abordou sábado (11), ouvindo especialistas brasileiros.
Na semana passada, por exemplo, somente os inventários americanos superaram os 11 milhões de barris, segundo a API, ou de 9,5, de acordo com o governo. Já o aumento diário dos estoques mundiais de 1,6 milhão de barris se soma aos 1,8 milhão que vinha ocorrendo desde que a pandemia explodiu com força nas economias, ou seja, praticamente vinha dobrando a várias semanas.
Analistas internacionais também estão cautelosos em relação ao derrame de recursos nas economias que a maioria dos países está dando para reativar a produção e o consumo, em especial as nações desenvolvidas, como Estados Unidos, Europa, Japão, Coreia do Sul e China.
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