Expectativas muito altas de vacina podem ir contra ciência

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Um cientista da Universidade de Oxford chegou a dizer ao The Times no início deste mês que uma vacina poderia estar disponível em setembro (Imagem: Unsplash/@cdc)

O mercado acionário dos Estados Unidos poderia estar precificando muito otimismo sobre o potencial de curto prazo de uma vacina para impedir o avanço do novo 💥️coronavírus.

Um cientista da Universidade de Oxford chegou a dizer ao The Times no início deste mês que uma vacina poderia estar disponível em setembro, bem antes da estimativa de agências dos 💥️EUA, cujas previsões apontam prazo de um ano ou mais.

“Tais comentários fazem com que ter uma vacina e nesse período pareçam uma conclusão precipitada. Essa conclusão distorce decisões e expectativas de políticos, investidores e desenvolvedores”, disse Geoffrey Porges, do SVB Leerink, em relatório.

Com as altas expectativas, ações de fabricantes de vacinas dispararam. O preço das ações da Moderna, líder nos EUA, mais do que dobrou desde o final de fevereiro, assim como os papéis de concorrentes de menor porte como Novavax e Inovio Pharmaceuticals.

Mesmo antes do surto de coronavírus, nenhuma dessas empresas havia lançado com sucesso um produto no mercado. As ações da BioNTech, parceira da Pfizer, subiram na quarta-feira depois de iniciar um teste de vacina na 💥️Alemanha.

‘Muito ambicioso’

Porges não está sozinho na tentativa de jogar um balde de água fria sobre o entusiasmo.

Normalmente, são necessários vários anos para o desenvolvimento de uma vacina; portanto, um prazo de 12 a 18 meses parece “muito ambicioso”, disse Severin Schwan, diretor-presidente da Roche, em entrevista na quarta-feira à Bloomberg TV.

Embora investidores possam supor que a Moderna será a mais rápida, não saberemos por pelo menos mais 12 meses se a vacina de RNA mensageiro da empresa de biotecnologia é segura e eficaz, disse Mark Poznansky, professor associado de medicina da Faculdade de Medicina de Harvard e diretor do Centro de Vacinas e Imunoterapia do Hospital Geral de Massachusetts.

O problema, segundo Porges, do SVB Leerink, é que epidemiologistas e economistas parecem esperar uma vacina em menos de seis meses, mas uma vacina amplamente usada provavelmente levará de dois a três anos em sua previsão “mais otimista”.

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