Governos europeus recorrem a celulares para monitorar quarentena

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Autoridades europeias dizem que apenas usam os dados agregados para revisar os padrões de mobilidade ou construir modelos para traçar a trajetória da epidemia (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Telefones celulares se tornaram uma arma inesperada na batalha de governos europeus contra a pandemia de 💥️coronavírus.

No fim de março, autoridades da 💥️Bélgica recorreram às operadoras de telefonia móvel do país para verificar se as restrições de mobilidade estavam sendo seguidas para conter a propagação do patógeno.

Os dados das empresas mostraram que os belgas passavam cerca de 80% do tempo dentro de seus códigos postais, sugerindo que estavam aderindo com rigor às ordens de ficar em casa, o que ajudou autoridades a abandonar planos de regras mais rígidas de confinamento.

“Os dados de mobilidade agregados nos ajudam a tomar decisões mais equilibradas”, disse o ministro de Telecomunicações da Bélgica, Philippe De Backer. “Isso nos ajudou a decidir pela manutenção das medidas de confinamento, em vez de nos tornarmos muito rigorosos.”

Agora, com países como 💥️Áustria e 💥️Alemanha flexibilizando os confinamentos, os governos querem aproveitar ainda mais esses dados para manter o vírus sob controle. No entanto, a medida levanta algumas questões sobre privacidade.

Ao contrário 💥️Apple e 💥️Google, cujo uso do software de rastreamento para alertar usuários caso entrem em contato com uma pessoa infectada será voluntário, operadoras de telefonia móvel precisam inerentemente acessar a localização aproximada de um cliente para direcionar chamadas ou mensagens de texto através da torre de celular mais próxima.

Autoridades europeias dizem que apenas usam os dados agregados para revisar os padrões de mobilidade ou construir modelos para traçar a trajetória da epidemia. Ainda assim, as preocupações com a privacidade permanecem.

“Provavelmente não será rastreado de volta (para o indivíduo), mas isso sempre permanece em aberto”, disse Diego Naranjo, responsável por políticas da associação de direitos da Internet Edri.

Na Bélgica, a força-tarefa da pandemia obtém informações agregadas mostrando viagens entre dois códigos postais e sua duração.

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