Moro é que tem que provar que eu interferi, não eu que sou inocente, diz Bolsonaro

Jair Bolsonaro e Sergio Moro

Bolsonaro disse que tentou nomear um “nome de consenso” entre os dois para ocupar o cargo de diretor-geral da PF que era exercido por Maurício Valeixo (Imagem: Flickr/Marcos Corrêa/PR)

O presidente 💥️Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira à noite que cabe ao ex-ministro da Justiça 💥️Sergio Moro provar as acusações de que ele tentou interferir em investigações conduzidas pela 💥️Polícia Federal que correm no âmbito do Supremo Tribunal Federal (💥️STF), acusação feita pelo popular ex-juiz da 💥️Operação Lava Jato quando anunciou sua saída do governo.

Em entrevista no Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que não é um exagero a investigação aberta pelo ministro do STF 💥️Celso de Mello. Afirmou que o magistrado está fazendo a parte dele e que ele vai se defender por meio da 💥️Advocacia-Geral da União.

“Para encerrar o caso Moro, ele que tem que provar que eu interferi, não eu provar que sou inocente. Mudou agora o negócio? Mudou agora? O que ele falar é lei? É verdade? Pelo amor de Deus! Está na lei, quem nomeia o chefe da PF sou eu. Se eu nomeio, eu exonero”, disse o presidente, acrescentando ter certeza que o ex-ministro não tem provas contra ele.

Bolsonaro disse que tentou nomear um “nome de consenso” entre os dois para ocupar o cargo de diretor-geral da PF que era exercido por Maurício Valeixo, mas reforçou que não houve consenso. Segundo ele, Moro não é o dono do ministério, assim como nenhum outro titular do primeiro escalão.

O presidente disse que a PF tem que ser independente não apenas em relação ao presidente, mas também quanto ao ministro & numa referência indireta a Moro

Afirmou também que a PF atua com autonomia e destacou que a própria categoria, por meio de entidades representativas, diz que investigações não podem ser controladas.

Bolsonaro disse que sempre cobrou de Moro relatórios de inteligência sobre as atividades da PF, mas o então ministro sempre negou, e disse que não queria saber de inquérito sobre ninguém.

O presidente questionou o fato de ter vazado informação de um inquérito do STF de que um dos seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro, seria um dos responsáveis por divulgar fake news. Para ele, a revelação do nome de Carlos tem por objetivo atingi-lo.

Bolsonaro defendeu a nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-geral da PF & alvo de críticas pela proximidade de ambos e também de familiares. Disse que ele passou a ser seu amigo depois de ter coordenado a segurança pessoal dele após a campanha. Ressalvou, no entanto, que vai acatar decisão caso a Justiça barre sua nomeação.

“Ação na Justiça, se tiver alguma, se tiver liminar, não assume. Eu respeito a Justiça”, disse.

A investigação da PF concluiu que o autor do atentado, Adélio Bispo de Oliveira, agiu sozinho (Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

Caso Adélio

Bolsonaro 💥️defendeu ainda a reabertura das investigações sobre a tentativa de assassiná-lo durante a campanha presidencial. Disse que a apuração deverá se retomada, agora sob novo comando pela Polícia Federal e destacou que o caso dele é “200 vezes mais fácil” de solucionar do que o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco.

A investigação da PF concluiu que o autor do atentado, Adélio Bispo de Oliveira, agiu sozinho. A Justiça concluiu que ele tem uma doença mental e não poderá ser punido criminalmente com uma eventual pena de prisão.

Para o presidente, faltou apurar melhor o caso e ele pretende que o caso volte a ser apurado. Ele não disse se vai fazer um pedido direto sobre isso a Ramagem.

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