Como a China tenta evitar a segunda onda de infecções de Covid-19
As cidades com governos mais rígidos, como Pequim, impuseram mais sete dias de confinamento em casa depois desse período (Imagem: China Daily via REUTERS)
A 💥️China, a primeira grande economia a sair dos confinamentos para combater o 💥️coronavírus, agora está focada em evitar uma segunda onda de infecções enquanto tenta retomar a normalidade da vida pré-pandemia.
Mesas escolares com distância determinada, máscaras faciais obrigatórias e aplicativos de rastreamento estão sendo implantados do centro financeiro de Xangai até a fria província de Heilongjiang, no norte do país.
Especialistas chineses acreditam que o vírus não pode ser erradicado, por isso autoridades concentram-se em manter os casos em um nível administrável para evitar surtos catastróficos que sobrecarreguem os hospitais.
Esse ato de equilíbrio entre deixar as pessoas retomarem a vida normal e manter os casos em um nível baixo é algo que governos ao redor do mundo, incluindo países mais atingidos como 💥️Itália e 💥️EUA, terão que tentar alcançar.
Mesmo com ferramentas que outros não possuem & poderosa vigilância estatal e controle de mobilidade das pessoas -, a China não tem uma imagem completa, tampouco garantia de sucesso.
“Tudo isso significa que, quando a China reiniciar sua vida econômica e social, existem incógnitas conhecidas que poderiam levar a outro surto”, disse Nicholas Thomas, professor especializado em saúde pública na Universidade da Cidade de Hong Kong.
Ameaça das fronteiras
Viagens globais sem restrições devem ser improváveis no mundo pós-vírus, pois os países temem que infecções importadas desencadeiem novas ondas. Quase todos estrangeiros são proibido de entrar na China, enquanto cidadãos que voltam do exterior precisam passar pelo menos duas semanas isolados.
As cidades com governos mais rígidos, como Pequim, impuseram mais sete dias de confinamento em casa depois desse período.
Qualquer pessoa que se isole em casa na capital pode acionar um alarme apenas abrindo a porta da frente. Vizinhos são incentivados a denunciar pessoas que saem das residências.
As restrições ficaram ainda mais rígidas embora quase não haja novos casos locais nas últimas semanas, devido em parte à classe política que mora na cidade.
Testes em massa
Enquanto muitos países ainda tentam testar todos os que parecem doentes, cidades chinesas agora procuram testar preventivamente os que retornam ao trabalho.
Nas províncias de Hubei e Guangzhou, empresas têm pedido aos trabalhadores que retornam para fazerem testes de vírus. Em Xangai, foram realizados testes voluntários em toda a cidade e empresas e indivíduos podem agendar exames em hospitais e clínicas.
Aplicativos de rastreamento
Em uma medida provavelmente impossível nas democracias ocidentais devido a questões de privacidade, a China tem combinado os poderes de seu aparato de vigilância e de suas gigantes empresas de Internet para controlar quem é vulnerável à infecção.
Funções de rastreamento e monitoramento de saúde incorporadas a aplicativos para smartphones do 💥️Alibaba e Tencent Holdings, as maiores empresas da China, coletam dados de departamentos governamentais, operadoras de telefonia, localizações e transações para mostrar uma imagem detalhada do nível de risco de cada indivíduo.
O resultado é que milhões de pessoas precisam mostrar seus códigos de cores vermelha, amarela ou verde antes de serem autorizadas a entrar em hotéis, restaurantes, lojas, metrôs e residências.
Reabertura gradual
Embora tenha reduzido as restrições, a China teve o cuidado de fazê-lo em etapas. Muitas cidades ainda não permitem a reabertura de cinemas, teatros ou bares, enquanto os engarrafamentos notórios de Pequim e Xangai aumentaram devido ao número de pessoas que evitam o transporte urbano.
As máscaras faciais, já comuns na China, passaram de precauções opcionais a obrigatórias nos locais de trabalho e nos transportes públicos.
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