Itália aplaude adiamento do fim dos motores a combustão na UE 24
“O adiamento, para data a definir, da votação sobre o regulamento que prevê o fim a partir de 2035 da venda de automóveis novos a gasóleo e a gasolina é um triunfo italiano”, destacou Meloni nas redes sociais.
A líder da extrema-direita, no poder desde outubro, defendeu que “uma transição sustentável e equitativa deve ser cuidadosamente planeada e conduzida para evitar consequências negativas em termos de produção e emprego”.
“A decisão do Coreper (Comité de Representantes Permanentes dos Governos dos Estados-Membros da União Europeia) de voltar oportunamente a este assunto vai exatamente na direção da neutralidade tecnológica por nós indicada”, sublinhou.
A chefe do Governo italiano realçou que “é justo” apostar no fim das emissões o mais rápido possível, mas defendeu que os estados devem ter “liberdade para seguir o caminho que acreditam ser o mais eficiente e sustentável”.
Meloni garantiu ainda que a liberdade pedida para cada Estado não implica “‘a priori’ rejeitar o caminho para tecnologias limpas que não sejam a eletricidade”.
Os Estados-membros da UE voltaram a adiar hoje a votação do acordo para que, a partir de 2035, só possam ser comercializados na UE veículos que não emitam CO2, depois da Alemanha, apoiada pela Itália, dois grandes produtores de veículos do continente, ter exigido mais garantias, em concreto, uma isenção dos combustíveis sintéticos.
Os Estados-membros da UE chegaram a um acordo preliminar no ano passado, que força as construturas de automóveis a reduzir as emissões de carros novos em 55% em 2030, em relação aos níveis de 2023, e em 100% em 2035.
Este plano, que faz parte do esforço do bloco comunitário para reduzir a sua emissões de gases de efeito estufa, significa efetivamente que a venda de carros novos que queimam combustíveis à base de hidrocarbonetos, como o petróleo, seria proibida.
Alguns países, como a Alemanha, pediram à Comissão Europeia, o órgão executivo da UE, que criasse uma isenção para carros que queimam os chamados ‘e-fuels’ [combustíveis sintéticos, em português], argumentando que estes podem ser produzidos utilizando energia renovável e carbono captado do ar, para que não sejam lançadas mais emissões que alteram o clima na atmosfera.
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