Bolsonaro cobra Teich sobre cloroquina e tem reunião fora da agenda com ministro

Jair Bolsonaro-Nelson Teich

Mais cedo, em uma videoconferência com empresários, Bolsonaro disse estar “exigindo a questão da cloroquina” de Teich (Imagem: Marcello Casal JrAgência Brasil)

O presidente 💥️Jair Bolsonaro cobrou nesta quinta-feira do ministro da 💥️Saúde, 💥️Nelson Teich, uma mudança de protocolo da pasta para ampliar a recomendação de utilização do medicamento cloroquina no tratamento da Covid-19, aumentando a pressão sobre o trabalho do ministro, que também enfrenta resistências a seu principal projeto, a definição de diretrizes do distanciamento social.

Teich se ausentou nesta quinta da entrevista coletiva diária da pasta para tratar da situação da pandemia do 💥️coronavírus no país pela terceira vez seguida, em meio às cobranças que tem sofrido.

De acordo com o Ministério da Saúde, o ministro não participou da entrevista realizada no 💥️Palácio do Planalto porque estava reunido com o presidente da República. A reunião não constava previamente na agenda de ambos.

Mais cedo, em uma videoconferência com empresários, Bolsonaro disse estar “exigindo a questão da cloroquina” de Teich, e afirmou que o ministério vai mudar o protocolo adotado na gestão do ministro anterior, 💥️Luiz Henrique Mandetta, que recomenda a utilização do remédio apenas em pacientes hospitalizados.

“Votaram em mim para eu decidir. E essa decisão da cloroquina passa por mim. E mais do que pedir… Está tudo bem com o ministro da Saúde, tudo sem problema nenhum com ele, acredito no trabalho ele, mas essa questão vamos resolver.

Não pode um protocolo de 31 de março agora, quando estava o ministro da Saúde anterior dizendo que era só em caso grave, a gente não pode mudar protocolo agora? Pode mudar e vai mudar”, disse Bolsonaro.

A oposição de Teich a uma determinação do ministério sobre a ampliação do uso da cloroquina levou apoiadores do presidente nas redes sociais a promoverem nas redes sociais as tags “Teichliberacloroquina” e “ForaTeich”.

O ministro respondeu com publicação no 💥️Twitter, citando que a pasta tem protocolos autorizando o uso desde o final de março e acompanha todas as pesquisas sobre medicamentos, mas advertiu que o remédio tem efeitos colaterais.

O ministro inclusive já declarou que a cloroquina não será um “divisor de águas” na pandemia, citando falta de comprovação científica de eficácia contra Covid-19 e os efeitos colaterais.

Além da cobrança sobre a cloroquina, Teich tem trabalhado isolado e não foi sequer consultado por Bolsonaro quando o presidente editou decreto nesta semana que ampliou as atividades consideras essenciais para incluir academias e salões de beleza. “Saiu hoje, foi?”, indagou, ao ser avisado pela imprensa na segunda-feira.

SEM DIRETRIZES

Até mesmo em sua principal medida à frente da pasta desde que tomou posse em 17 de abril Teich passou a encontrar dificuldades.

As diretrizes do governo federal para auxiliar Estados e municípios a decidirem sobre as medidas de isolamento social deveriam ter sido detalhadas na quarta-feira, mas a apresentação foi cancelada de última hora depois que os conselhos que reúnem secretários estaduais e municipais de Saúde se manifestaram contra por temerem representar um respaldo ao afrouxamento das medidas de isolamento.

Após a demissão de Mandetta por se posicionar publicamente a favor do distanciamento social, contrariando a posição de Bolsonaro, Teich tomou posse dizendo estar alinhado ao presidente, mas recentemente reconheceu a eficácia do distanciamento para conter o avanço da doença e falou inclusive em lockdowns nos locais mais afetados.

O ministro ressaltou diversas vezes que a apresentação das diretrizes não deveria ser interpretada como um posicionamento a favor ou contra o distanciamento, mas sim como uma ferramenta técnica para ajudar governadores e prefeitos a tomarem suas decisões.

Mesmo assim, com os governos estaduais com medidas de distanciamento em vigor para tentar conter o avanço da Covid-19, o ministro não recebeu o apoio dos secretários estaduais de Saúde para a divulgação.

“A mensagem sobre o isolamento social deve ser clara e objetiva. Gerar dúvidas na sociedade sobre sua importância ou mesmo relativizá-la nos parece inadequado”, disse a entidade.

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