Menor tensão externa eleva a soja em Chicago e alívio interno a derruba nos portos
Soja cai nos portos com o real mais fraco e sobe em Chicago com relaxamento das tensões (Imagem: REUTERS/Bryan Woolston)
A terça-feira (26) pós feriado americano (Memorial Days) guardava a expectativa de um dia nervoso nos mercados, com os atritos entre Estados Unidos e China aumentados no final de semana. Mas a soja e outras commodities contrariaram, inclusive a abordagem de ontem de 💥️Money Times, e subiram na relativa calmaria no cenário internacional.
A oleaginosa ganhou em torno de 1,65% o vencimento julho, na CBOT, indo a US$ 8,48.
No mercado interno, o real valorizado, com o ambiente interno menos tenso na política, tira um pouco da pressão altista nos portos e perde cerca de 6%.
Os chineses não repercutiram a advertência de retaliação dos Estados Unidos sobre o endurecimento em Hong Kong; haverá mais alívio à economia, segundo Pequim; e o processo de abertura das quarentenas em muitos países não está sofrendo retrocesso.
Mas, o principal, é que a China comprou mais soja nos Estados Unidos, segundo informou o USDA (Departamento de Agricultura) hoje. Cerca de 264 mil.
“A China precisa dessa soja americana, além de estar barata” (segundo a cotação de Chicago), avalia Vlamir Brandalizze.
Por hora, prevalece o pragmatismo chinês, mesmo que as tensões não estejam totalmente dissipadas. Se a China de fato aprovar legislação mais dura contra distúrbios públicos na ilha semiautônoma, os atritos deverão tomar frente novamente.
O recorde de exportações de 46,8 milhões de toneladas de soja do Brasil no acumulado – e maio caminha para 15/16 milhões/t – deixou 15% disponível da soja da safra passada.
Esse resto, se negociado nos portos, por exemplo, vem com queda de 6%, na faixa de R$ 108/109,00, ocasionada pelo recuo do dólar nos últimos dias.
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