Produtores aguardam recursos do Funcafé para estocarem e tirarem a pressão de oferta
Estocagem prevista do café alimenta expectativa de atenuar pressão baixista (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)
A capacidade de o Brasil estocar o café que ainda não foi comercializado, em meio a uma safra que se mostra favorável em produção superior, vai ser colocado à prova quando começar a entrar os recursos do Funcafé. Serão valores recordes, de pouco mais de R$ 5,7 bilhões, que serão antecipados entre julho e agosto.
O Conselho Nacional do Café (CNC) acredita na possibilidade de retenção de 10 a 13 milhões de sacas.
Isso pode desestimular a especulação contra os preços, diminuindo a pressão baixista no auge da colheita, como avalia Silas Brasileiro, presidente da CNC.
Outra garantia que chega com os recursos do Funcafé é o apoio para internalizar parte da safra, já que o consumo brasileiro, na casa das 21 milhões de sacas, segue firme mesmo com a queda da economia desde a instalação da pandemia.
Das 60 milhões de sacas, vistas pela a Conab nesta safra, ou as 67 milhões registradas pelo USDA – que estimularam baixas fortes na quinta e nesta sexta (29) estão caindo 3% (96 centavos de dólar por libra-peso) em Nova York – entre 30 e 35 milhões já estão com fixações de exportações acertadas.
Sobre o restante fica, então, a expectativa do presidente do CNC e do setor de a volatilidade e da pressão ser controlada com o dinheiro que vai chegar antes.
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