Emater vê aumento de 20% no plantio de trigo no Rio Grande do Sul
A produtividade média foi estimada em 2,39 toneladas por hectare, baseada em linha de tendência (Imagem: REUTERS/Ilya Naymushin)
O plantio de 💥️trigo do💥️ Rio Grande do Sul deverá crescer 20,3% em 2023 ante 2023, para 915,7 mil hectares, estimou nesta terça-feira a Emater/RS, considerando bons preços pagos pelo cereal.
Já a projeção preliminar de produção do Estado, o segundo produtor brasileiro do cereal, indica leve recuo em relação à safra passada devido a produtividades menores previstas para este ano.
A produtividade média da cultura que está ainda sendo semeada foi estimada em 2,39 toneladas por hectare, baseada em linha de tendência histórica, o que resultaria em colheita de 2,19 milhões de toneladas, queda de 2,14% ante 2023.
Na última safra, a produtividade média do cereal alcançou 2,95 toneladas por hectare no Rio Grande do Sul, conforme dados da Emater/RS.
“A linha de tendência (de produtividade) é somente um ponto de partida. São apenas referências para termos um início de diálogo, pois se observarmos o que a tendência climática indica, são boas perspectivas”, disse em videoconferência o diretor técnico da Emater/RS, Alencar Rugeri, ao admitir que podem vir revisões positivas para produtividade e produção de trigo.
Do ponto de vista climático, ele afirmou que a estiagem ocorrida no Estado durante o verão teve impactos que se estenderam até meados do outono, mas não tendem a afetar as culturas de inverno.
“Será uma safra bem plantada… desde que o produtor use todas as ferramentas tecnológicas necessárias. A atividade deixa de lado os agricultores que não usam (tecnologia)”, acrescentou Rugeri.
Também em videoconferência, o meteorologista da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Estado, Flávio Varone, disse que estão previstas chuvas dentro da normalidade nas lavouras gaúchas entre junho e agosto, associadas a passagens mais frequentes de frentes frias & o que favorece o desenvolvimento do cereal.
Já a previsão para a primavera, quando ocorre a colheita de trigo no Brasil, aponta para o resfriamento das temperaturas do Oceano Pacífico Equatorial, o que significa uma possível formação de La Niña de fraca intensidade.
“Modelos climáticos indicam… maior probabilidade de um período seco durante o mês de outubro e temperaturas mínimas menores, com noites e madrugadas frias até meados de novembro”, afirmou o especialista, o que também é benéfico para os trabalhos de colheita da cultura.
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