Voluntários fazem fila para serem infectados com coronavírus
Conhecidos como estudos de desafio humano, os testes podem acelerar a pesquisa colocando voluntários no caminho do vírus, em vez de esperar por uma exposição acidental (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)
Quando Gavriel Kleinwaks era criança, foi cativada pela história de 💥️Jonas Salk, o pioneiro que testou uma potencial vacina contra a poliomielite em si mesmo, na esposa e nos filhos em 1953.
Os ensaios nos Estados Unidos, considerados o 💥️maior experimento de saúde pública de todos os tempos, posteriormente provaram que a vacina era eficaz.
Agora, Kleinwaks se inscreveu para participar de outro experimento de alto risco. A estudante da Universidade do Colorado está entre os quase 30 mil voluntários dispostos a se expor deliberadamente ao coronavírus para testar uma potencial vacina, caso pesquisadores decidam dar continuidade ao processo.
Com o mundo desesperado para acabar com a pandemia, a ideia de infectar propositalmente pessoas com um patógeno perigoso que não tem cura dá origem a um debate sobre que tipo de sacrifício é aceitável e os benefícios que esses ensaios podem trazer.
Conhecidos como estudos de desafio humano, esses testes podem acelerar a pesquisa colocando voluntários no caminho do vírus, em vez de esperar por uma exposição acidental.
A polêmica abordagem pode se tornar necessária em algum momento, já que a doença foi controlada em algumas cidades, dificultando a avaliação de vacinas da maneira mais convencional, de acordo com Pascal Soriot, diretor-presidente da farmacêutica AstraZeneca. A empresa trabalha com a Universidade de Oxford em uma das vacinas mais adiantadas contra o vírus.
Sem cura
A falta de um medicamento para salvar pessoas gravemente doentes é uma das principais preocupações éticas sobre os ensaios de desafio humano, juntamente com o conhecimento limitado sobre um vírus que matou quase meio milhão de pessoas em questão de meses. Uma 💥️parceria lançada pelos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA não planeja apoiar esses estudos para a Covid-19, informou a agência em e-mail.
A iniciativa de estabelecer centros e laboratórios para testar vacinas atraiu o interesse de farmacêuticas, segundo as universidades (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)
Ainda assim, o modelo ganha mais atenção. Um projeto focado em estudos de desafio humano liderado pela Universidade da Antuérpia e pela Universidade Livre de Bruxelas atraiu 20 milhões de euros (US$ 22 milhões) em financiamento do governo belga, segundo as 💥️instituições.
A iniciativa de estabelecer centros e laboratórios para testar vacinas atraiu o interesse de farmacêuticas, segundo as universidades.
Kleinwaks diz que teve dúvidas no início, mas pouco a pouco se acostumou com a ideia depois de avaliar os riscos. Apoiando sua decisão de ser voluntária, diz, é uma lição do Talmude & salvar uma vida é semelhante a salvar o mundo inteiro & e um desejo de ajudar a acabar com o surto.
“Todos corremos o risco de exposição toda vez que saímos de casa”, disse a estudante de engenharia, de 23 anos. “Ninguém tem garantia de estar seguro.”
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