Consumo de carne bovina derrapa nos EUA e compras no Brasil ficam mais longe
Boi americano, como os da foto, tem saída menor para abate em maio (Imagem: REUTERS/Agustin Marcarian)
Os dados do setor pecuário dos 💥️Estados Unidos, cruzados com o mercado futuro realizado na CBOT (Chicago), revelam que a demanda pela carne bovina brasileira segue apenas como promessa e que as exportações do país para a China ainda estão longe de acontecer. As quedas dos indicadores são presentes.
Na sexta, o 💥️Departamento de Agricultura (USDA) apresentou levantamento com queda no volume de abate em maio, tanto quanto redução no confinamento. 💥️E não se teve notícia de plantas paralisadas temporariamente pela covid-19, como nos dois meses anteriores, reforçando a observação que os produtores locais não sentem demanda pela China, o que era esperado com o acordo comercial, e nem consumidor local precisa da proteína brasileira, após alguns meses de liberação das importações.
E lembrando ainda que a entressafra por lá já ficou para trás desde a primavera.
O consumo doméstico, portanto, ainda pressiona o mercado, e a quantidade de bois abatidos foi de 1,5 milhão, 28% menor que no mesmo mês de 2023, mais de 2% sobre as projeções do mercado. O número de cabeças enviadas para a engorda no cocho perdeu 1,3%, para pouco mais de 2 milhões.
Impressiona que no mês passado os Estados Unidos criaram 2,5 milhões de vagas de empregos, contrariando expectativas de novas baixas.
Como os preços na bolsa de commodities, no vencimento driver de agosto há dias estava estabilizado em torno dos US$ 96,00 o centun weight (cwt), equivalente a 45,35 kg, e nesta segunda (22), gira em torno dos US$ 94,00, em quase 1% de recuo, o mercado não está enxergando melhora apesar de alguns números mais amenos sobre o desemprego.
Os dados de junho são satisfatórios, inclusive com recuo no número de pedidos de seguro-desemprego, mas os analistas ainda veem fragilidades.
As 20 milhões de vagas perdidas e o recorde de 30 milhões de solicitações do seguro, no auge da pandemia em abril, deixam as expectativas sombrias para o restante do ano, mesmo que sinais mais firmes sobre o contágio e a reabertura mais abrangente da economia se façam presentes nas próximas semanas.
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