Feijão sente fim da corrida às compras e volume de safra; produtor perde R$ 47
Feijão chegando mais barato com o recuo dos preços pagos ao produtor (Tony Winston/Agência Brasília)
O feijão vai fechar junho em queda livre, mesmo com a recuperação no atacado nesta segunda (29), ao amargar uma redução de R$ 47 até sexta contra o que o produtor recebeu em maio pelo carioca. Os R$ 316,58 de média pela saca até então reflete uma safra entrando e o fim da corrida às compras pelos consumidores, que já estão pagando menos nos supermercados.
O tipo mais consumido no País chegou a ter negócios realizados a até R$ 372 na porteira.
Ao contrário do arroz, que ganhava força enquanto a oferta da colheita gaúcha avançava nos primeiros meses da pandemia, o volume do feijão agora, juntando a força da 2º safra anual, está fraco, avalia Jonathan Pinheiro, analista da Safras & Mercado.
A situação deverá se estender até agosto, quando estão sendo esperadas a chegada ao atacado e varejo de cerca de 381 mil toneladas. Junta-se o fim da colheita atual com o início da 3ª temporada de 2023 – “e não necessariamente uma safra grande”, afirma o especialista da consultoria.
“Com oferta mais elevada, e um mercado mais acomodado, com pessoas enxergando que não haverá desabastecimento, os preços vêm recuando proporcionalmente”, diz Pinheiro.
Até que o mercado absorva essa oferta, e não havendo nenhuma novidade significativa que puxe a demanda – lembrando que o Brasil deverá entrar na 4º parcela do auxílio emergencial, porém menor dos que os R$ 600 das três primeiras -, a previsão da Safras é que comece haver um recuperação para o produtor.
A 3ª safra é mais curta e menor volumosa. Na soma das três, o Brasil deve produzir perto de 3,080 milhões/t.
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