Copasa: marco do saneamento deve dificultar ainda mais privatização, avalia XP
Atualmente, a venda de uma empresa estatal necessita ser aprovada por três quintos dos votos da Assembleia Legislativa (Imagem: YouTube/TVCOPASAMG)
Apesar do marco do saneamento💥️ ter facilitado a entrada de investimentos privados no setor de saneamento, a medida pode atrapalhar ainda mais os planos de privatização da 💥️Copasa (💥️CSMG3), avalia a 💥️XP Investimentos em relatório enviado a clientes nesta terça-feira (30).
De acordo com a corretora, o problema está na Assembléia Legislativa de 💥️Minas Gerais, onde o projeto encontra resistência de deputados.
Segundo o relatório, na visão dos parlamentares, o novo marco do saneamento abre a possibilidade de maior concorrência dentro da exploração do setor de saneamento básico.
Nessa linha, a Copasa ficaria com uma dificuldade maior quanto à concorrência, sendo então prejudicial para a companhia. Eles afirmaram ainda que as concessões que a estatal já tem no atual modelo não deverão ser transferidas para o setor privado.
Com isso, a estatal mineira, que atende 635 dos 853 municípios do estado, torna-se praticamente impossível de ser vendida na visão da XP.
Atualmente, a venda de uma empresa estatal necessita ser aprovada por três quintos dos votos da Assembleia Legislativa (na qual o partido do Governo Estadual, o Novo, elegeu 3 de 77 representantes) e aprovação em um referendo popular.
“Vemos uma complexidade adicional para a privatização da companhia após o acordo para veto ao Parágrafo 1 do Artigo 14 do novo marco do saneamento, que dispensava a anuência de municípios para a privatização de estatal de saneamento caso não houvesse alterações nos contratos da companhia”, afirmou.
Com isso, a corretora reiterou a recomendação de venda nas ações da Copasa.
Cenário nada fácil
A XP já enxergava um cenário difícil para a privatização da empresa.
💥️Em relatório divulgado no último dia 3 de junho, a empresa alertava para o fato de a maioria dos contratos de programas mais relevantes da Copasa conter cláusulas que exigem explicitamente a aprovação da legislação federal, estadual e municipal para a manutenção do contrato em caso de privatização das empresas.
“Tais cláusulas contratuais, na nossa visão, podem desencadear potenciais problemas em processos de privatização”, afirmou o analista Gabriel Fonseca, que assinou o relatório.
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