Testes de alimentos congestionam alguns portos chineses
A China começou a testar remessas de alimentos frios importados em junho com o objetivo de proteger a saúde dos consumidores (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)
Testes frequentes para verificar a presença de 💥️coronavírus em carnes, frutos do mar e outros produtos triplicaram o tempo de despacho em alguns dos principais portos da 💥️China, o que desperta preocupações de que os atrasos possam comprometer os fluxos comerciais globais.
Normalmente, os produtos levam cerca de três dias para serem liberados, mas agora esse prazo subiu para 10 dias, disse um representante da💥️ Bojun Supply Chain, que fornece serviços de liberação de alimentos para importadores na alfândega, incluindo produtos congelados.
A China começou a testar remessas de alimentos frios importados em junho com o objetivo de proteger a saúde dos consumidores, segundo o governo, depois que o salmão importado foi apontado como possível causa de um novo surto de Covid-19 na capital Pequim.
Os testes, juntamente com grandes cargas importadas de alimentos em câmaras frigoríficas, resultaram em congestionamentos em alguns portos, 💥️disse Li Xingqian, representante do Ministério do 💥️Comércio, em conferência de imprensa na sexta-feira. Ainda assim, o ministério quer mitigar qualquer impacto no comércio, disse.
A China vinha aumentando as importações de carne na tentativa de compensar a falta do produto no mercado doméstico, pois a peste suína africana reduziu os plantéis no país no ano passado.
Os embarques de carnes e miúdos subiram para quase 900 mil toneladas em junho, aumento de 75% em relação ao ano anterior, segundo dados oficiais 💥️divulgados na terça-feira.
Testes
Cerca de 227.934 amostras foram retiradas de produtos alimentícios de câmaras frigoríficas pela alfândega da China, das quais seis apresentaram resultado positivo para o vírus, disseram autoridades na 💥️sexta-feira. No mercado interno, quase 60 mil amostras de alimentos tiveram resultados negativos, disseram.
Pequim conseguiu controlar a propagação do vírus, e os testes ajudarão a prevenir outro surto, disse Lin Guofa, analista sênior do Bric Agriculture Group, uma consultoria com sede em Pequim.
Cerca de 227.934 amostras foram retiradas de produtos alimentícios de câmaras frigoríficas pela alfândega da China (Imagem: Reuters/Kim Kyung-Hoon)
Embora a China precise de mais carne, os testes podem desencorajar exportadores de venderem para o país asiático caso sejam bloqueados no processo, disse.
“Definitivamente, está demorando mais tempo para passar pela alfândega”, disse Lin. Além disso, agora “os compradores não estão mais dispostos a importar devido aos potenciais riscos, enquanto os exportadores podem optar por não exportar devido aos testes rigorosos”.
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