Bradesco: agradeça a queda das ações após o balanço, porque é hora de comprá-las
Para comemorar: Credit Suisse e UBS gostaram dos números do Bradesco (Imagem: Facebook/ Bradesco)
A divulgação 💥️dos resultados do segundo trimestre, antes da abertura do mercado nesta quinta-feira (30), fez com que as ações do 💥️Bradesco 💥️(BBDC4) passassem a sessão inteira em queda. Os papéis fecharam o dia com recuo de 3,50%, negociados a R$ 23,41. A menos que você esteja realizando lucro, agradeça aos que vendem – é hora de comprá-las.
Pelo menos, esta é a avaliação do 💥️Credit Suisse e do 💥️UBS, dois dos maiores bancos de investimento do planeta. Em relatórios obtidos pelo 💥️Money Times, ambos elogiam a gestão conservadora do Bradesco, durante a fase mais aguda da pandemia de coronavírus, e destacam o controle de custos.
O Credit Suisse reafirmou sua recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) para o papel, com preço-alvo de R$ 28 para os próximos 12 meses. Na mesma linha, o UBS reiterou a recomendação de compra, com preço-alvo também de R$ 28. Isso significa uma alta potencial de 15% sobre o fechamento de ontem.
Marcelo Telles, Otávio Tanganelli e Alonso Garcia, que assinam a análise do Credit Suisse, chamam a atenção para os resultados antes dos impostos e das provisões. Por essa conta, o lucro foi 15% maior que a estimativa do banco suíço.
Garantias reais
“O banco tirou vantagem de seu forte desempenho operacional em NII [receita líquida de juros, na sigla em inglês], opex e seguros para fortalecer seu balanço, 💥️por meio do aumento de R$ 3,8 bilhões das provisões”, afirma o trio, que acrescenta que, com isso, o índice de cobertura para eventuais inadimplentes subiu para 300%.
Já Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Philip Finch, do UBS, destaca a gestão de inadimplentes do Bradesco nos últimos meses. O percentual de inadimplentes há mais de 90 dias baixou 70 pontos-base, para 3%.
Segundo o trio, parte do recuo deve-se à adesão de pequenas e médias empresas e de clientes com financiamento de imóveis ao programa de refinanciamento aberto pelo Bradesco. A adesão corresponde a R$ 61 bilhões em créditos, ou 13% da carteira, de acordo com o UBS.
Os analistas acrescentam que 71% desses empréstimos possuem garantias reais e foram concedidos a clientes com bom histórico de pagamento e tempo médio de 14 anos de relacionamento com o Bradesco.
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