Dólar limita alta a R$ 5,33, mas Copom e pacote de estímulos seguem no radar

Dólar

O alívio momentâneo nos mercados ocorreu por causa dos dados econômicos norte-americanos melhores do que o esperado (Imagem: Pixabay)

O 💥️dólar deixou para trás alta acentuada nesta terça-feira, voltando a rondar 5,30 reais, refletindo alívio de investidores após dados norte-americanos melhores do que o esperado, que ofuscaram momentaneamente incertezas sobre um pacote de estímulo econômico nos 💥️Estados Unidos.

No Brasil, operadores trabalhavam em modo de espera antes da decisão de juros do Comitê de Política Monetária (💥️Copom) do Banco Central, que será anunciada na quarta-feira.

Às 12:52 (💥️horário de Brasília), o dólar (💥️USDBRL) avançava 0,20%, a 5,3362 reais na venda, enquanto o contrato mais líquido de dólar futuro oscilava perto da estabilidade, a 5,3275 reais.

Mais cedo, na máxima do dia, o dólar spot havia tocado 5,3781 reais na venda, alta de 1,20%, mas perto das 11h começou a perder força, indo a 5,3032 na mínima da sessão, queda de 0,21%.

Segundo Luciano Rostagno, estrategista-chefe do banco Mizuho, o alívio momentâneo nos mercados ocorreu por causa dos dados econômicos norte-americanos melhores do que o esperado.

“São indicadores que trazem informação sobre a perspectiva para a economia e sugerem que ela continua se recuperando da crise, apesar da alta no número de casos de coronavírus.”

O Departamento de Comércio dos EUA 💥️informou nesta terça-feira que as encomendas à indústria avançaram 6,2%, após recuperação de 7,7% em maio. Economistas consultados pela Reuters previam que as encomendas à indústria nos 💥️EUA teriam alta de 5,0% em junho.

Mas, segundo Rostagno, preocupações sobre a saúde da maior economia do mundo seguem no radar, principalmente em meio a impasses políticos no Congresso norte-americano.

Por lá, democratas e republicanos continuam distantes em relação aos próximos passos nas negociações de um pacote de estímulo econômico, que se torna cada vez mais urgente em meio à disparada de casos de 💥️coronavírus no país.

Real Moedas Câmbio

As principais 💥️moedas da América Latina, incluindo o real, e divisas emergentes de outras regiões recuavam contra o dólar nesta terça-feira (Imagem: Unsplash/@ojsant)

Mais de 155 mil pessoas já morreram por complicações ligadas à Covid-19 nos Estados Unidos, o maior número entre todos os países do mundo. Os casos subiram semana após semana em 20 Estados.

“A falta de uma acordo tem deixado os investidores mais avessos a risco nos últimos dias. As discussões têm se mostrado longas, e a falta de acordo gera incerteza sobre a viabilidade desse pacote ser aprovado.”

As principais 💥️moedas da 💥️América Latina e divisas emergentes de outras regiões, como rand sul-africano e rublo russo & assim como o 💥️real, mais arriscadas& , recuavam contra o dólar nesta terça-feira.

Enquanto isso, segundo analistas, no cenário doméstico as expectativas giravam em torno da reunião de política monetária do 💥️Banco Central, com boa parte do mercado projetando corte residual da 💥️Selic a nova mínima histórica de 2%.

Há tempos agentes financeiros citam a queda dos juros baixos no Brasil como fator de impulso para o dólar, que salta quase 33% contra o real no ano de 2023. A redução sucessiva da Selic afetou rendimentos locais atrelados à taxa de juros, tornando a renda fixa do país menos interessante para o investidor estrangeiro quando comparada à de pares emergentes de risco semelhantes, mas com maior rentabilidade.

Na última sessão, o dólar negociado no mercado interbancário havia saltado 1,83%, a 5,3142 reais na venda.

O Banco Central vendeu em leilão o total da oferta de 10 mil contratos de swap tradicional com vencimento em novembro de 2023 e março de 2023.

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