Trader “raíz”, que acompanha os índices econômicos, terá “dias de glória” em novo normal
É um mundo de taxas de juros permanentemente baixas, déficits enormes, crescimento lento, inflação persistente e declínio do poder e influência dos EUA (Imagem: Unsplash/@bonniekdesign)
O gestor de fundos macro Ben Melkman olha para o futuro pós-pandemia e vê enormes mudanças que devem abalar o domínio de uma década de ativos dos 💥️Estados Unidos e do 💥️dólar.
“O mercado acionário dos EUA teve desempenho superior a tudo em ampla magnitudes, o crédito dos EUA registrou entradas inacreditáveis, o private equity e capital de risco dos EUA, o setor imobiliário e o mercado de títulos dos EUA, e tudo isso levou o dólar a níveis muito, muito elevados”, disse Melkman, ex-sócio da Brevan Howard Asset Management e que agora administra cerca de US$ 1 bilhão na Light Sky Macro.
“Nesse ambiente, posso absolutamente ver muitas partes, senão todas, invertidas”, afirmou em entrevista à Bloomberg TV.
Com ou sem vacina, Melkman acha que o mundo entrou em uma era em que ações e títulos produzirão retornos insignificantes ou mesmo negativos, e em que o dólar perderá seu papel hegemônico.
É um mundo de taxas de💥️ juros permanentemente baixas, déficits enormes, crescimento lento, 💥️inflação persistente e declínio do poder e influência dos EUA.
É um mundo no qual o ouro, 💥️commodities e moedas que excluem o dólar dos EUA terão desempenho superior, no qual as taxas de câmbio oscilam muito e bancos centrais são subservientes às autoridades eleitas.
É um mundo em que o operador macro & com estratégias para diversos ativos baseadas em indicadores e cenários macroeconômicos & é mais uma vez o rei de 💥️Wall Street.
“Será o retorno aos dias de glória”, disse Melkman. Tem a ver com “grandes erros de políticas, ambientes onde os formuladores não podem controlar os resultados”.
Seria uma grande mudança em relação à década passada, quando a injeção constante de liquidez de bancos centrais sustentou os preços dos ativos e suprimiu a volatilidade dos 💥️mercados. Hedge funds macro foram desafiados, com retorno médio de menos de 1% ao ano.
Melkman, fazendo jus à reputação de grandes ideias e entusiasmo exagerado, não tem tempo para metáforas como “Não lute contra o Fed”. Em sua opinião, a pandemia desencadeou um tsunami de forças econômicas e sociais que varreu quase 40 anos de ortodoxia monetária.
Depois de tropeçar durante a onda vendedora de março, Melkman se recuperou no segundo trimestre com ganho de 12%.
Seria uma grande mudança em relação à década passada, quando a injeção constante de liquidez de bancos centrais sustentou os preços dos ativos e suprimiu a volatilidade dos mercados (Imagem: Pixabay)
Até julho, a Light Sky ofereceu retorno de 2,5%, perdendo para o ganho de 3,9% do índice Bloomberg Discretionary Macro Hedge Fund. Embora a Light Sky tenha conseguido um 2023 positivo, com ganho de 18%, alguns dos rivais macro de Melkman mostraram desempenho superior recentemente.
No cenário de Melkman, formuladores de políticas perdem a capacidade de regular o ritmo de crescimento, a inflação e os níveis de câmbio, e os mercados assumem o controle.
O💥️ Federal Reserve está efetivamente impotente, os EUA não têm mais a vantagem de crescimento e o dólar continua enfraquecendo em meio à ascensão da 💥️China e união da Europa em sua nova integração fiscal.
No final, a combinação é suficiente para criar mais uma ameaça: a inflação.
Nos “dias de glória” dos fundos macro, nas décadas de 1980 e 1990, traders como George Soros, Stanley Druckenmiller, Bruce Kovner, Paul Tudor Jones e Louis Bacon regularmente fechavam anos com retornos de 20% e 30%. Melkman disse que isso é “absolutamente” possível novamente.
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