EUA alerta faculdades para se desfazerem de ações chinesas
O Ministério das Relações Exteriores da China nesta quarta-feira chamou os EUA de parceiro “importante” em investimentos, declarando que ambos os lados ganharam com a cooperação financeira (Imagem: Pixabay)
O Departamento de Estado dos 💥️EUA pediu a faculdades e universidades que seus fundos patrimoniais se desfaçam de ativos chineses.
O alerta foi enviado por carta na terça-feira, para que as escolas se antecipem a medidas potencialmente mais onerosas para quem detém essas ações.
“Conselhos de fundos patrimoniais (também conhecidos como endowments) de universidades americanas seriam prudentes em se desfazer de ações de empresas da República Popular da China, com o provável desfecho no qual padrões de listagem aprimorados levarão a deslistagem em massa das 💥️empresas da RPC das bolsas dos EUA até o final do próximo ano”, escreveu Keith Krach, subsecretário para crescimento econômico, energia e meio ambiente, na carta dirigida aos conselhos de diretores das universidades e faculdades americanas, à qual a Bloomberg teve acesso.
“Manter essas ações também incorre altos riscos associados à necessidade de reapresentação dos dados financeiros das empresas da RPC”, acrescentou ele.
O aviso aos fundos patrimoniais abre uma nova frente na multifacetada campanha do governo do presidente Donald Trump contra o governo, empresas e cidadãos da 💥️China. Com a perspectiva de maior retorno, os fundos das faculdades e universidades têm bilhões de dólares em investimentos em companhias chinesas, de acordo com uma investigação feita pela Bloomberg em 2023.
O Ministério das Relações Exteriores da China nesta quarta-feira chamou os EUA de parceiro “importante” em investimentos, declarando que ambos os lados ganharam com a cooperação financeira.
“Colocar obstáculos a essa cooperação não serve aos interesses de nossos mercados de capitais”, disse Zhao Lijian, porta-voz do ministério, durante uma entrevista coletiva regular em Pequim, em resposta a uma pergunta sobre o alerta dos EUA. “Pedimos que o lado americano crie um ambiente justo e não discriminatório para o investimento de empresas chinesas nos EUA.”
Escalada das tensões
Tem havido um aumento das tensões entre as duas potências em torno do comércio e da pandemia de Covid-19, e a eleição presidencial nos EUA intensificou a retórica contra a China.
O governo💥️ Trump impôs mais limites aos universitários chineses no país, anunciando novas restrições em junho que cancelaram os vistos de certos estudantes de pós-graduação e pesquisadores acadêmicos.
No começo deste mês, o governo Trump atacou duas das maiores empresas de tecnologia da China com ordens executivas duplas proibindo pessoas e empresas dos EUA de fazer negócios com o aplicativo de vídeo TikTok, da ByteDance, e com o serviço de mensagens WeChat, da Tencent Holdings.
Os fundos patrimoniais terão muito interesse em examinar as questões que o governo americano está levantando, disse Krach em entrevista à Bloomberg Radio na terça-feira.
O governo Trump impôs mais limites aos universitários chineses no país, anunciando novas restrições em junho que cancelaram os vistos de certos estudantes de pós-graduação e pesquisadores acadêmicos (Imagem: Casa Branca)
“Esses conselhos têm responsabilidade moral, e talvez dever fiduciário, de realmente examinar isso para garantir que seus investimentos sejam limpos”, disse Krach, que já comandou o Conselho de Curadores da Universidade de Purdue.
Os gestores de fundos patrimoniais “estão sempre monitorando os ventos políticos”, disse Jim Dunn, diretor de investimentos da Verger Capital Management, que tem entre seus clientes o fundo da Universidade Wake Forest, da Carolina do Norte. “Eles estão soprando muito fortemente, mas sem nenhum impacto real ainda.”
O aviso na terça-feira faz parte de uma campanha maior das autoridades americanas para diminuir o dinheiro que flui dos fundos de investimento para empresas chinesas.
O secretário de Estado, Michael Pompeo, disse a governadores em fevereiro que alguns fundos de pensão estão jogando a favor da China.
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