Petrolífera saudita suspende projeto de US$ 10 bilhões na China
A Aramco não quis comentar. Uma das sócias, a China North Industries Group, conhecida como Norinco, não respondeu imediatamente a um e-mail da reportagem solicitando comentários (Imagem: Reuters/Maxim Shemetov)
A estatal petrolífera da 💥️Arábia Saudita suspendeu um acordo para construir um complexo petroquímico e de refino de US$10 bilhões na💥️ China, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. A empresa vem cortando gastos para lidar com a queda de preços do petróleo.
A Saudi Arabian Oil Co., conhecida como 💥️Aramco, decidiu parar de investir no complexo localizado na província de Liaoning, no nordeste da China, após negociações com os parceiros locais, revelaram as fontes, que pediram anonimato porque o assunto é particular. A perspectiva incerta do mercado motivou a decisão, disseram.
A Aramco não quis comentar. Uma das sócias, a China North Industries Group, conhecida como Norinco, não respondeu imediatamente a um e-mail da reportagem solicitando comentários.
Ninguém atendeu um telefonema para a terceira sócia, a Panjin Sincen, fora do horário comercial nem respondeu a um e-mail.
A queda do preço do💥️ petróleo e o impacto do vírus na demanda de energia mudaram os cálculos para projetos do setor ao redor do mundo.
A Aramco planeja cortes profundos nos investimentos enquanto tenta manter o pagamento de US$ 75 bilhões em dividendos em meio a preços baixos e dívida crescente. O reino — principal destinatário dos dividendos da Aramco — sofre um grande aperto nas finanças públicas.
O contrato da joint venture foi assinado quando o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, esteve em Pequim, em fevereiro do ano passado. Na ocasião a parceria foi vista como um acordo histórico com um aliado importante.
A 💥️Arábia Saudita queria ampliar sua participação de mercado na Ásia e, além disso, incentivou os chineses a investir no reino.
O plano era que os sauditas se juntassem à Norinco e à Panjin Sincen para formar uma entidade chamada Huajin Aramco Petrochemical. O reino forneceria até 70% do petróleo para a refinaria com capacidade para 300.000 barris diários.
A Aramco planeja cortes profundos nos investimentos enquanto tenta manter o pagamento de US$ 75 bilhões em dividendos em meio a preços baixos e dívida crescente (Imagem: REUTERS/Maxim Shemetov)
O lado chinês dará continuidade ao projeto, que inclui o craqueamento de etileno e uma unidade de paraxileno, de acordo com as fontes. E a joint venture continua sendo uma opção para o futuro, acrescentaram.
O coronavírus restringiu a demanda global e as margens das refinarias foram comprimidas. Isso mudou a lógica comercial para investimentos em refino.
No começo do ano, a Aramco também conversava com a estatal de energia da Indonésia, Pertamina, sobre a expansão de uma refinaria, mas as negociações terminaram sem acordo e a Pertamina procura outro parceiro.
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