Maior fundo de pensão do mundo prioriza investimentos ESG
Este é o terceiro ano em que o fundo — que vem ampliando investimentos com preocupações ambientais, sociais e de governança — publica o relatório ESG (Imagem: Pixabay/ Gerd Altmann)
Em seus primeiros comentários desde que foi nomeado em abril, o diretor de investimentos do maior fundo de pensão do mundo sinalizou a necessidade de olhar além da pandemia de 💥️coronavírus e destacou a importância dos investimentos socialmente responsáveis.
“A principal prioridade que a sociedade enfrenta imediatamente é superar o coronavírus”, escreveu Eiji Ueda, CIO do Fundo de Investimento em Pensão do Governo do Japão, em relatório publicado na quarta-feira que enfatizou iniciativas ambientais, sociais e de governança (conhecidas conjuntamente pela sigla em inglês 💥️ESG).
“Mas também existem muitos problemas de médio e longo prazo que enfrentamos, como a mudança climática.”
“Nas eras ‘com corona’ e ‘pós-corona’, o investimento em ESG ficará cada vez mais importante”, afirmou Ueda, usando um termo comum no Japão para descrever o período de convivência com o vírus.
Ueda, que já foi operador do mercado de títulos no Goldman Sachs Group, assumiu o cargo no início do ano e tem mantido a discrição desde então.
Apesar de tomar decisões que afetam US$ 1,5 trilhão em ativos previdenciários públicos em uma sociedade que envelhece rapidamente, ele não fez comentários oficiais nem deu entrevistas, em franco contraste com seu antecessor, o falante Hiromichi Mizuno.
Este é o terceiro ano em que o fundo — que vem ampliando investimentos com preocupações ambientais, sociais e de governança — publica o relatório ESG. A instituição detinha um recorde de 5,7 trilhões de ienes (US$ 54 bilhões) em índices ESG no final do ano fiscal em março, bem como 400 bilhões de ienes em títulos verdes.
O relatório, focado principalmente nas mudanças climáticas, incluiu pela primeira vez uma avaliação dos riscos relacionados ao clima e as oportunidades que as mudanças climáticas proporcionam a sua carteira, concluindo que a carteira de ações de empresas japonesas pode se valorizar.
Usando o modelo MSCI para valor em risco devido ao clima, o fundo descobriu que a carteira de ações locais pode subir 12,3% em relação ao nível atual devido ao potencial alfa decorrente do baixo teor de carbono e da inovação tecnológica no chamado cenário 2C, no qual as temperaturas globais aumentam 2 graus em relação ao período pré-industrial.
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