CNC: queda na intenção de consumo das famílias desacelera
O indicador está abaixo do nível de satisfação (100 pontos) desde abril de 2015 (Imagem: Reuters)
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou a quinta retração consecutiva em agosto (-0,2%), permanecendo com a pontuação estável no comparativo mensal com 66,2 pontos em uma escala de zero a 200 pontos.
Este é o pior índice para um mês de agosto desde o início da série histórica, em janeiro de 2010, segundo a Confederação Nacional do 💥️Comércio de Bens, Serviços e Turismo (💥️CNC).
A queda em relação a julho, no entanto, é a menos intensa registrada nos últimos cinco meses. Em comparação com o mesmo mês de 2023, o recuo foi de 27,6%.
O indicador está abaixo do nível de satisfação (100 pontos) desde abril de 2015.
De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, os resultados de agosto mostram que os brasileiros permanecem conscientes da importância da sua renda e cautelosos com o consumo. “O momento atual permanece incerto e exige cautela das famílias. Contudo, os resultados negativos já demonstram desaceleração”, afirmou Tadros, em nota.
Perspectivas melhoram
Após três quedas seguidas, Perspectiva Profissional foi o item que apresentou o maior crescimento no mês (+4,6%), chegando a 70,8 pontos.
O indicador Perspectiva de Consumo também registrou variação positiva (+1,5%), após quatro meses de retração e alcançou 60,9 pontos.
“Esse aumento da expectativa de consumir em agosto revela que, apesar de as famílias ainda demonstrarem uma percepção negativa em relação ao consumo atual, as expectativas para o longo prazo já são otimistas”, disse a economista da CNC responsável pelo estudo, Catarina Carneiro da Silva.
O momento atual, no entanto, ainda apresenta resultados negativos, apesar da desaceleração das taxas.
O item 💥️Emprego Atual recuou 0,5%, seu quinto resultado negativo seguido, mas o menos intenso em cinco meses.
Com 85,1 pontos, o indicador terminou agosto como o mais alto entre os índices da pesquisa.
Já o indicador Renda Atual registrou retração de 3,4%, também a quinta consecutiva, chegando a 76,8 pontos, o menor nível da série histórica. ]
A variação negativa, porém, assim como a do item referente ao emprego, foi a menos intensa do período, apesar de ter sido a mais negativa entre os indicadores da pesquisa em agosto.
“Percebe-se que a renda das famílias continua sendo afetada pela crise da 💥️covid-19, apesar de dar sinais de uma recuperação gradual. Além disso, os brasileiros demonstraram percepções menos negativas em relação ao mercado de trabalho”, analisou a economista da Confederação.
O item Nível de Consumo Atual chegou à quinta queda mensal consecutiva (-0,5%) mas foi a menos intensa no período. O indicador caiu a 49,2 pontos, o menor nível desde novembro de 2016.
Já o indicador Momento para Duráveis, que avalia o que os consumidores pensam sobre a aquisição de bens como eletrodomésticos, eletrônicos, carros e imóveis, cresceu 2,1%, após acumular quatro quedas seguidas.
O item, no entanto, foi o que obteve a maior queda anual (-36,1%) entre os pesquisados e fechou o mês com 40 pontos.
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