Semana Brasil deve injetar R$ 3,9 bilhões na economia fluminense

“Para a economia fluminense, que está ainda no buraco, é um oxigênio maravilhoso”, disse o economista Rafael Zanderer (Imagem: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Pesquisa do Instituto 💥️Fecomércio de Pesquisas e Análises do Estado do💥️ Rio de Janeiro (IFec RJ) feita de 18 a 20 deste mês com 522 consumidores mostra que cerca de 6,7 milhões pretendem adquirir algum produto ou serviço na Semana Brasil, também chamada de ✅black friday brasileira. Isso corresponde a 52,5% da população adulta do estado.

Segundo o instituto, o evento será realizado de 3 a 13 de setembro e deve injetar R$ 3,9 bilhões na economia do estado do Rio, ou o equivalente a quatro vezes o movimento alcançado no Dia das Mães, cuja movimentação econômica somou R$ 1 bilhão.

“Para a economia fluminense, que está ainda no buraco, é um oxigênio maravilhoso”, disse hoje (26) à 💥️Agência Brasil o economista Rafael Zanderer, do instituto. Essa será a segunda edição da Semana Brasil.

Contenção de gastos

O economista analisou que o menor número de consumidores dispostos a gastar na Semana Brasil tem como causa a contenção de gastos provocada pelo desemprego resultante da pandemia do novo 💥️coronavírus.”Algumas pessoas foram demitidas, outras tiveram redução de jornada e, consequentemente, redução de salários, outras ainda tiveram contratos de trabalho suspensos. Isso na atividade formal. No mercado informal, o rendimento também caiu e foi complementado, em parte, pelo auxílio emergencial. Mas, no cômputo geral, a renda caiu e o reflexo natural disso é diminuir o número de gente disposta a comprar”, afirmou Zanderer.

Ele destacou que a intenção de compra de R$ 3,9 bilhões para a segunda edição da Semana Brasil é um volume significativo, tomando-se em consideração que o prejuízo gerado pela pandemia na economia fluminense no segundo trimestre deste ano atingiu R$ 10,2 bilhões.

Tíquete

A pesquisa indica que devem ser gastos, em média, R$ 585,82 na compra de produtos e serviços na Semana Brasil. Dentre os mais adquiridos, o destaque é para eletrônicos (44,1%); vestuário, calçados e acessórios (39,8%); eletrodomésticos (36,6%); itens de alimentação (29%); artigos de uso pessoal e doméstico (26,9%); itens de material de construção (26,3%); livros e artigos de papelaria (14,5%); pacotes de viagem (14,5%); serviços de estética e beleza (12,9%).

A sondagem identificou ainda que os consumidores do estado do Rio estão divididos em relação aonde farão suas compras: 32,8% em lojas virtuais, 15,6% em lojas físicas e 51,6% em ambas.

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