Credit Suisse descobre fraude com cliente de gestão de fortunas
Essas atividades não foram detectadas pelo Credit Suisse ou pelos clientes do executivo durante anos (Imagem:REUTERS/Arnd Wiegmann)
💥️Credit Suisse Group está lidando com as consequências de uma fraude na operação 💥️internacional de gestão de fortunas dois anos depois de ter sido criticado por uma autoridade reguladora por um caso semelhante que abalou o banco e colocou seus controles em xeque.
O banco suíço demitiu um profissional em Zurique que forjou documentação sobre um contrato de balcão para um cliente africano, segundo pessoas com conhecimento da situação.
A falcatrua, descoberta no início deste ano, provocou perda de cerca de 10 milhões de francos (US$ 11 milhões) para o banco e outros clientes foram afetados, segundo as fontes, que pediram anonimato para discutir um assunto particular.
O caso lembra uma fraude muito maior. Patrice Lescaudron, antes um profissional renomado do banco, foi condenado à prisão após falsificar documentos para acobertar perdas cumulativas de clientes.
Essas atividades não foram detectadas pelo Credit Suisse ou pelos clientes do executivo durante anos, até que uma grande aposta errada em uma empresa farmacêutica da Califórnia em 2015 expôs seu comportamento.
A autoridade reguladora do setor financeiro da 💥️Suíça posteriormente identificou deficiências em termos de supervisão e nos controles do banco de combate à lavagem de dinheiro.
A imprensa local informou que Lescaudron cometeu suicídio.
“O Credit Suisse confirma um caso no primeiro trimestre de 2023 em que um pequeno número de clientes foram afetados por ações não autorizadas de um consultor”, afirmou o banco em comunicado. “O Credit Suisse tomou as medidas legais cabíveis e informou os clientes afetados e reguladores relevantes.”
A fraude e as perdas foram contabilizadas na unidade liderada por Raj Sehgal, que atende à comunidade indiana não residente e a África Subsaariana.
Os clientes estão em processo de receber compensação, de acordo com uma das pessoas ouvidas.
Sehgal foi colocado no comando da divisão para a África e a comunidade não residente indiana há dois anos, com linha de subordinação direta ao ex-chefe de divisão Iqbal Khan.
Ele agora é o presidente da operação, após uma reestruturação na qual sua região foi fundida com a unidade voltada para o Oriente Médio, liderada por Bruno Daher.
A operação de gestão de fortunas internacionais, que atende aos abastados clientes do Credit Suisse fora da Suíça e Ásia, contabilizou 74 milhões de francos em provisões para perdas de crédito no primeiro semestre.
O líder da área de gestão de fortunas, Philipp Wehle, está fazendo uma revisão desse negócio como parte de uma reestruturação mais ampla do banco.
De acordo com reportagem anterior da Bloomberg, estão sendo reavaliados os empréstimos que têm ativos ilíquidos como garantia, bem como a exposição aos setores de petróleo e gás e transporte marítimo, que foram bastante abalados recentemente.
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