Venda de navios encalha com Covid e regras mais rígidas

A indústria global de navegação passa por uma de suas maiores transformações em uma geração após regras ambientais mais rigorosas entrarem em vigor no início do ano (Imagem: Pixabay)

As vendas de navios novos desabaram para o menor nível em 20 anos devido a uma combinação temerosa de incertezas sobre as regulamentações ambientais, consequências econômicas da pandemia do 💥️coronavírus e falta de financiamento.

“A IMO trouxe metas significativas, ambiciosas e importantes em torno das emissões”, disse Stephen Gordon, diretor da Clarksons Research, se referindo às regras da Organização Marítima Internacional para os combustíveis das embarcações.

Ainda não houve definição sobre políticas e regulamentos que serão introduzidos nem sobre a tecnologia que será adotada, disse ele.

Navios são investimentos de longo prazo e os compradores correriam o risco de obsolescência de suas embarcações.

A 💥️indústria global de navegação passa por uma de suas maiores transformações em uma geração após regras ambientais mais rigorosas entrarem em vigor no início do ano.

Proprietários de navios precisam pagar mais por combustível mais limpo, adaptar suas embarcações com aparelhos que reduzem a poluição que causam ou mesmo encomendar novos navios. A Covid-19 agravou a incerteza ao abalar cadeias de suprimentos e paralisar fluxos comerciais.

“O vírus é outro golpe em uma demanda que praticamente já não existia”, disse Rahul Kapoor, chefe de pesquisas sobre 💥️commodities, setor marítimo e comércio na 💥️IHS Markit. “Com a pandemia abalando a atividade econômica e as cadeias de suprimentos, encomendar novos navios agora é a última das prioridades das 💥️empresas.

Elas estão se concentrando apenas em tentar manter as margens de lucro.” O vírus também atrasou a conclusão de projetos de construção naval, acrescentou ele.

O crescimento da demanda por contêineres deve diminuir este ano devido à Covid-19, informou a A.P. Moller-Maersk, que espera que o volume visto em 2023 só volte no início de 2023.

A líder mundial em transporte de contêineres encomendou apenas oito navios no segundo trimestre, de modo que a razão entre encomendas e frota ficou em 9,4%.

Globalmente, a razão é de cerca de 8%, o que significa que os pedidos de navios novos estão no menor patamar em duas décadas, de acordo com Gordon, da Clarksons.

Financiamento escasso

Os armadores também estão sem financiamento para realizar as compras, segundo Ralph Leszczynski, chefe de pesquisa da corretora marítima Banchero Costa.

“A maioria dos mercados de transporte marítimo vem de uma situação relativamente fraca em termos de lucros na década entre 2009 e 2023, então a maioria dos armadores não tem muito dinheiro no bolso”, disse ele. “O financiamento externo também é escasso, uma vez que os bancos agora preferem distância do setor marítimo após os calotes sofridos depois de 2008.”

O número menor de encomendas e a expansão mais lenta da frota devem elevar os fretes marítimos. As transportadoras provavelmente continuarão mantendo o nível de capacidade em 2023 para minimizar o impacto da desaceleração do comércio global, disse Kapoor, da IHS Markit.

Isso já se traduz em alta de custos para o transporte de mercadorias. Um frete de referência para contêineres que cruzam o Oceano Pacífico mais que dobrou desde o final de maio e bateu recorde.

Os preços do transporte de cargas a granel também se recuperaram após atingirem o menor nível em quatro anos. A Maersk paralisou cerca de 20% da capacidade em abril e retomou o ritmo gradualmente nos meses subsequentes. Seus lucros superaram as estimativas em parte devido à melhora dos fretes.

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