Chuvas na Argentina reanimam o trigo e ajudam no plantio de milho
Isso reduz o risco para o trigo e também é fundamental para o plantio precoce de milho (Imagem: REUTERS/Eduard Korniyenko)
As chuvas dos últimos dez dias na 💥️Argentina ajudaram a reanimar a safra de 💥️trigo, que foi afetada por uma seca, e a melhorar as perspectivas para o plantio de 💥️milho no final deste mês, quando são esperadas chuvas de primavera no hemisfério sul, disseram analistas.
Assim como o outono, a primavera, que começa em 21 de setembro, costuma ser chuvosa nesta parte da América do Sul.
O problema este ano foi um outono seco, que preparou o cenário para uma temporada de baixa umidade para o trigo.
“Essa reativação de frentes de tempestade alivia significativamente o estresse hídrico que afetava grande parte do centro da região agrícola nacional”, disse Esteban Copati, chefe de Estimativas Agrícolas da Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA).
“Isso reduz o risco para o trigo e também é fundamental para o plantio precoce de milho”, acrescentou.
Os produtores argentinos plantaram 6,5 milhões de hectares de trigo, a serem colhidos em dezembro e janeiro, de acordo com a bolsa, que cortou sua estimativa original de 6,8 milhões de hectares no início desta safra devido à seca.
“As chuvas chegaram bem a tempo de conter o agravamento e estancar as perdas de área e produtividade do trigo”, explicou Copati.
Na safra passada, o país colheu 18,8 milhões de toneladas de trigo em uma área de plantio de 6,6 milhões de hectares, segundo dados do BCBA.
Além de grande fornecedor de trigo, a Argentina é o terceiro maior exportador de milho do mundo.
“Com esta chuva, podemos plantar milho em uma semana, quando as temperaturas subirem um pouco”, disse Santiago del Solar, um agricultor de Rojas, ao norte da província de Buenos Aires.
Germán Heinzenknecht, meteorologista da Consultoria de Climatologia Aplicada (CCA), alertou que algumas áreas ainda precisam de chuvas.
“A situação é difícil para a floração do trigo em Córdoba e oeste de Santa Fé, com certeza não atingirão seu potencial produtivo”, disse.
“As primeiras semeaduras de milho neste setor por enquanto ainda são arriscadas, precisam de mais chuvas”, acrescentou Heinzenknecht.
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