Euro digital irá complementar o sistema financeiro atual, e não substituí-lo
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“Um euro digital, em todo caso, seria um complemento, e não um substituto para o dinheiro em espécie”, afirma Lagarde (Imagem: Pixabay/geralt)
Caso os 💥️bancos centrais do mundo avancem planos de lançar suas próprias 💥️criptomoedas, declarações recentes afirmam que tais iniciativas irão complementar métodos existentes de 💥️pagamento em vez de substituí-los.
Essa dinâmica específica de design surgiu esta semana, principalmente no contexto de um 💥️euro digital, que o 💥️Banco Central Europeu (BCE) está desenvolvendo e possa vir à tona nos próximos meses.
Recentemente, 💥️Christine Lagarde, presidente do BCE, disse que funcionários do Eurosistema estão 💥️decidindo se irão apresentar um euro digital.
Em seu discurso, segundo uma 💥️transcrição publicada, Lagarde explicou a natureza pretendida e complementar de um euro digital:
O Eurosistema continuará a garantir que todos os cidadãos tenham acesso a cédulas a todo o momento. Um euro digital, em todo caso, seria um complemento, e não um substituto para o dinheiro em espécie.
Juntos, apoiariam a inclusão financeira e fornecer uma opção para consumidores. Isso, alinhado à nossa política de respeitar as preferências dos consumidores quando se fala em meios de pagamento.
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Um euro digital, complementar ao atual sistema financeiro, traria inovação ao fornecer alternativas de pagamentos na Europa (Imagem: Reuters/Ralph Orlowski)
Ela explicou que, em uma queda no uso do dinheiro em espécie, “um euro digital irá assegurar que o dinheiro soberano permaneça no centro dos sistemas de pagamentos europeus. E também apoiaria inovação ao fornecer uma alternativa às formas privadas de dinheiro para pagamentos mais rápidos e eficazes na Europa e além”.
Um 💥️relatório recente do Banco de Compensações Internacionais (💥️BIS), que analisou inúmeras iniciativas de moedas digitais emitidas por bancos centrais (💥️CBDCs), encontrou um tema em comum da complementaridade entre tais projetos.
Isso talvez não seja surpreendente, dado o desejo declarado de bancos centrais em evitar o abalo ao sistema financeiro.
Descobertas parecidas foram incluídas no estudo recente do 💥️The Block: “Análise global sobre moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs)”.
Um discurso desta sexta-feira (11) por François Villeroy de Galhau, presidente do 💥️Banque de France, foi mais aprofundado em relação à natureza complementar de um possível euro digital.
Seu discurso falou sobre uma possível CBDC, bem como a Iniciativa Europeia de Pagamentos (EPI), um projeto digital pancontinental com pagamentos baseados em cartões, 💥️lançado este ano.
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“Limitar a quantidade de euro digital em circulação evitaria mudanças excessivas do dinheiro de bancos comerciais em euros digitais”, afirma de Galhau (Imagem: Pixabay/vjkombajn)
Na verdade, ele falou sobre a esperança da integração entre sistemas públicos e privados — algo que 💥️Andrew Bailey, presidente do 💥️banco central do Reino Unido, havia falado sobre 💥️na semana passada.
Segundo de Galhau:
Deixe-me enfatizar que não existe contradição, algo que gera receio em bancos comerciais, entre considerar uma CBDC-euro e apoiar a EPI. Talvez precisemos de ambos e os desenvolvermos de forma complementar.
Minha preferência seria buscar por uma parceria renovada entre público/privado para a disseminação do dinheiro de banco central para o varejo.
Possíveis impactos no setor bancário poderiam ser reduzidos com ferramentas diferentes: por exemplo, limitar a quantidade de euro digital em circulação evitaria mudanças excessivas do dinheiro de bancos comerciais em euros digitais.
Para o Eurosistema, essa estratégia insinuaria o esclarecimento da interação que gostaríamos de aplicar entre a EPI e a CBDC, além de validar um modelo intermediário enquanto fornecemos proximidade o suficiente com consumidores e valor acrescentado aos intermediários (como soluções de front-end).
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De Galhau afirma que a Europa tem entre um a dois anos para lançar um euro digital e não perder o bonde da inovação (Imagem: Pixabay/vjkombajn)
O discurso de Galhau foi revelador de outras formas.
Enquanto Lagarde não falou sobre a existência de 💥️stablecoins (discutida bastante por Bailey na semana passada), de Galhau disse que “stablecoins, de certa forma, podem competir tanto contra o dinheiro de bancos comerciais como de bancos centrais, apesar de não fornecerem as mesmas garantias em termos de risco de crédito, liquidez, continuidade de serviços e neutralidade”.
Em seguida, ele disse que o Eurosistema “não pode fazer com que nos atrasemos em relação a uma CBDC”.
Em relação à probabilidade de um euro digital estar disponível, nem de Galhau nem Lagarde forneceram muita possibilidade.
Ainda assim, de Galhau falou sobre a pressão em decidir sobre algum tipo de fronte de pagamentos, destacando que “a 💥️Europa não desenvolveu 💥️redes sociais globais assim como alguns países importantes”.
“Isso aumenta as apostas para autoridades financeiras, se quiserem um setor financeiro europeu mais forte, autônomo e inovador para ter sucesso em desenvolver uma estratégia coerente”, disse ele.
“Não temos muito tempo para decidir essa estratégia consistente de pagamentos europeus, incluindo EPI e uma possível CBDC: [temos] de um a dois anos.”
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