Vitol diz que estoques de petróleo cairão rápido até dezembro

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O crescimento dos estoques globais atingiu pico de cerca de 1,2 bilhão de barris no início do verão no hemisfério norte e, desde então, as reservas caíram em cerca de 300 milhões de barris, disse o CEO da Vitol, Russell Hardy (Imagem: REUTERS/Denis Balibouse)

A maior operadora independente de 💥️petróleo do mundo diz que os estoques globais da commodity continuarão encolhendo, em uma visão mais otimista para o mercado do que de algumas de suas rivais.

A 💥️Vitol diz que os estoques mostram forte queda e continuarão caindo neste ano. Ao mesmo tempo, a Trafigura, segunda maior trading de petróleo, acredita que o mercado vai voltar a registrar superávit.

As duas empresas projetam estagnação da demanda por energia e alguns meses voláteis antes de uma recuperação gradual no próximo ano.

O crescimento dos estoques globais atingiu pico de cerca de 1,2 bilhão de barris no início do verão no hemisfério norte e, desde então, as reservas caíram em cerca de 300 milhões de barris, disse o CEO da Vitol, Russell Hardy. Os estoques devem cair em outros 250 milhões a 300 milhões de barris nos últimos quatro meses do ano, disse.

“Você não pode perder de vista o fato de que a produção foi reduzida”, disse Hardy em entrevista durante a conferência Platts APPEC 2023. Grandes volumes devem ser retirados dos estoques por refinarias que acumularam petróleo barato durante a onda de compras, afirmou.

Meses depois de o coronavírus causar paralisações em vários países, estoque de petróleo no mar e levar as cotações para terreno negativo, o setor ainda enfrenta os impactos mais duradouros sobre o consumo de combustível. Com muitos países enfrentando uma segunda onda de casos de coronavírus, Vitol, Trafigura e outras empresas se adaptam a um ambiente muito diferente.

A demanda deve permanecer praticamente inalterada em cerca de 96 milhões de barris por dia, disse Hardy. O volume se compara à projeção da Vitol há um ano de 102 milhões de barris por dia. O consumo de diesel deve melhorar ligeiramente e compensar a queda da demanda por gasolina durante o inverno no hemisfério norte. Mas a Vitol não espera grande melhora no uso de combustível de aviação.

O cenário para “o combustível de aviões é ruim, o diesel é menos afetado e a demanda por gasolina é talvez o que nos preocupa um pouco”, disse Hardy. O consumo de combustível para motores ficará especialmente vulnerável se os casos de coronavírus aumentarem novamente, disse.

Por enquanto, a estrutura de mercado do Brent e taxas de frete baratas tornam mais econômico o armazenamento flutuante de petróleo, disse. A Vitol, juntamente com a Trafigura e outras operadoras, reservou recentemente mais de uma dúzia de navios para essa estratégia de trading.

O CEO da Vitol, de 55 anos, que está no comando da empresa há cerca de dois anos e meio, alertou que a recuperação será difícil. Ainda assim, a demanda asiática ajudará a levar o consumo global a novas máximas no período de 2022 a 2024, disse Hardy, acrescentando que está menos otimista em relação às perspectivas nos EUA e na Europa. Ele acredita que o Brent pode ser negociado acima de US$ 40 o barril no primeiro semestre do ano que vem.

“Vai ser mais agitado nos próximos dois a três meses”, disse Hardy. “As coisas podem ficar um pouco mais difíceis antes de melhorar, mas acreditamos que vamos superar isso e as coisas vão melhorar continuamente.”

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