Brasil precisa de diplomacia para responder ameaça a acordo Mercosul-UE, diz Mourão

Itamaraty

Vice presidente defende uma solução pautada no campo diplomático (Imagem: Marcello Casal JrAgência Brasil)

O 💥️Brasil tem que usar a diplomacia e as ações que estão sendo feitas na 💥️Amazônia para responder à intenção da 💥️França de não ratificar o acordo Mercosul-União Europeia pelos problemas ambientais no 💥️Brasil.

Em uma live sobre Amazônia e Segurança organizada pelo Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), 💥️Hamilton Mourão chegou a lembrar que na Guiana Francesa, departamento ultramarino da França que faz fronteira com o Brasil, há também desmatamento e garimpo ilegal, mas disse que não ia tratar disso.

“Não vou colocar a discussão nesse nível, essa é aquela discussão do nível baixo. O que eu vou colocar em discussão é que temos que trabalhar por meio da diplomacia e por meio das nossas operações de comando e controle”, disse o vice-presidente.

Segundo Mourão, a diplomacia serve para abrir um diálogo e mostrar que o acordo não beneficia apenas os países do 💥️Mercosul (Além de Brasil, 💥️Argentina, 💥️Uruguai e 💥️Paraguai).

“Muito pelo contrário, ele abre para os países da 💥️União Europeia, que são industrializados e que têm muito mais valor agregado na sua produção do que nós, o mercado aqui do Mercosul. Então, é algo que favorece a ambos, é a velha questão do benefício mútuo, isso é o diálogo diplomático”, disse.

O acordo Mercosul-UE foi assinado em julho de 2023, depois de mais de uma década de idas e vindas nas negociações, mas ainda precisa ser ratificado pelos 27 países membros do Parlamento Europeu e pelos Congressos dos quatro membros do Mercosul. Na 💥️Europa, além da França, 💥️Áustria e 💥️Holanda já indicaram que podem não ratificar.

Hamilton Mourão

Segundo Mourão, a diplomacia serve para abrir um diálogo e mostrar que o acordo não beneficia apenas os países do Mercosul (Imagem: Reuters/Adriano Machado)

Nesta sexta-feira, o governo francês informou que seu mais recente relatório sobre desmatamento corrobora a oposição do país ao acordo e que trabalhará com outros parceiros da UE para que se estabeleça “condições ambientais” para retomada de negociações.

Mourão acrescentou que as ações de comando e controle na Amazônia servirão para mostrar que as queimadas e o desmatamento não são um problema generalizado na região.

“Existem problemas, existem, mas não é um problema generalizado da forma como se coloca. A questão dessas ilegalidades ocorrem praticamente nas áreas antropizadas da Amazônia a maioria há mais de 20, 30 anos ocupada por propriedades rurais”, disse.

O vice-presidente, que é o coordenador do Conselho da Amazônia, afirma que dois terços dos focos de queimadas na Amazônia seriam em áreas de propriedades rurais ou urbanas e apenas um terço seria em áreas de proteção ou indígenas.

Os dados mais recentes disponíveis pelo boletim de queimadas do 💥️Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (💥️Inpe) mostram que, até 17 de setembro (quinta-feira) a Amazônia concentrava 68.486 focos de incêndio, 13% a mais do que em 2023 e o maior desde 2010 para o período

Já em relação ao desmatamento, houve um crescimento de 34,5% nos 12 meses encerrados em julho, em relação a igual período anterior, segundo dados preliminares. O período entre agosto de um ano e julho do ano seguinte é considerado como o ano-calendário para a medição anual do desmatamento da Amazônia.

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