Grupo russo da soja redobra cuidados ambientais na compra e até não vende para cliente sob litígio
Processadora e trading russa aumenta rigores sobre controles ambientais (Imagem: REUTERS/Enrique Marcarian)
O estilo low profile do grupo russo Sodrugestvo não oferece oportunidades nem para se saber sobre suas operações rotineiras no setor da soja no Brasil, quanto menos para resvalar nas questões ambientais. O tema tem tomado atenções redobradas no circuito interno da corporação entre Moscou, Luxemburgo e Uberlândia, como com quase todos os atores globais evitando associar seus negócios às queimadas.
Fonte do mercado com trânsito comercial com a empresa, que pediu anonimato, diz que as preocupações aumentaram com os controles sobre a originação do grão e venda dos processados, dentro dos rigores exigidos “sem restrições ambientais”. Parceiros e clientes no País e mundo estariam sujeitos a exigências de “nomes limpos”.
Da Rússia, onde estão os controladores, passando pelo paraíso fiscal europeu, local da sede global, e a cidade mineira, base do grupo no Brasil, a ordem “é seguir assegurando que 100% de toda a soja comprada não venha de áreas desmatadas ilegalmente”.
O sistema de monitoramento é feito pela Agrotools, que faz varredura territorial digital, com portfólio de atendimento de vários players do agronegócio, como confirma o site da empresa.
Procurada, a área de comunicação do grupo em Uberlândia disse que a empresa não comentaria as informações, mas o interlocutor de 💥️Money Times garantiu que os controles hoje evitam até eventuais “dribles” de produtores.
Se o fornecedor tiver várias unidades produtivas, eventuais problemas de uma ou mais acarretarão o bloqueio do CNPJ ou CPF mesmo que a soja que chegue a Sodrugestvo venha de fazenda sem litígio ambiental.
Ainda segundo a fonte, os cuidados atualmente avançam na comercialização do farelo e óleo processados.
Compradores que também possuam cadastro negativo nessa seara igualmente estão alijados do negócio com o grupo, que também atua na logística (transporte e armazenamento), hoje no Brasil como Aliança Agrícola do Cerrado.
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