Sinto muito Musk, mas carro elétrico a etanol é mais “sexy” porque sua bateria não polui
Bonito e caro, elétrico da Tesla, como outros, são “poluentes” na base de energia (Imagem: Unsplash/@jor9en)
💥️Elon Musk continua anunciando que sua 💥️Tesla (💥️TSLA) vai melhorar o desempenho e o custo das baterias dos carros elétricos, em movimento semelhante ao dos players da 💥️indústria automobilística mundial. Mas está no 💥️Brasil a chave para o carro elétrico manter-se “sexy, por ser elétrico, sem geração de particulado”. A 💥️etanol.
Os milhões de dólares gastos no mundo, não incluindo os R$ 15 bilhões que a 💥️Volkswagen e mais três parceiros anunciaram para a 💥️China nos próximos anos, não eliminarão o fato de que os bólidos da nova geração de quatro rodas serão poluentes de uma forma ou de outra.
São “sexys”, como escreveu em artigo o professor e cientista Gonçalo Pereira, para os endinheirados mundiais, mas não serão movidos a célula de etanol nas suas baterias. A 💥️tecnologia está no Brasil e, pelo tom meio lamentoso de Pereira, ainda o seu melhor desenvolvimento está empacado.
Não poluem pelo escapamento, mas os elétricos atuais e futuros, se o Brasil não estiver como ator importante, carregam em suas baterias minérios que precisam ser minerados. A emissão de partículas começa antes de rodarem.
E essas fontes precisam ser carregadas. E da onde vem a geração de energia na maioria dos países do Hemisfério Norte? Das termoelétricas, a partir da queima de 💥️combustível fóssil (💥️petróleo ou 💥️carvão), continua Gonçalo Pereira, chefe do Laboratório de Genômica e Bioenergia, da Unicamp.
Rodando no Brasil, um carro elétrico estaciona num totem de carregamento, cuja originação da eletricidade não veio de uma termoelétrica (só em 💥️Roraima), mas de uma hidrelétrica. Outra coisa de impacto ambiental.
Musk continua anunciando que sua Tesla vai melhorar o desempenho e o custo das baterias dos carros elétricos (Imagem: Reuters/Patrick T. Fallon)
A bateria a etanol, depois da experiência do carro a álcool nos anos 70 e do flex depois, não tem nada disso, menos ainda padece da “falácia” de que a 💥️cana-de-açúcar compete com o alimento. Gonçalo Pereira defende a presença de 200 milhões de hectares de pastagens degradadas. Na 💥️África, são 540 milhões de hectares com potencial para a lavoura.
Além disso, há o etanol de 2ª geração (2G), do qual Pereira foi um dos desenvolvedores, que, produzido a partir de 100 milhões de hectares, de preferência com a cana energia (mais fibrosa), abastece toda a frota mundial do Ciclo Otto (motores a combustão).
Junto, milhões de 💥️empregos.
Proálcool elétrico
Saindo do foco ambiental e da oferta de matéria-prima, que não são desafios, na demonstração detalhada do professor, mas também resvalando indiretamente por essas questões, há o desafio da “maldição dos 70%”.
Se calcula a compensação do etanol na relação custo e paridade energética com a gasolina, sem observar os cálculos de longo prazo para a saúde do planeta.
Se o Brasil não dormir no ponto e aproveitar a “exergia” do etanol, teremos um “Proálcool elétrico”, reitera o cientista (Imagem: Paulo Fridman/ Bloomberg)
O elétrico do Musk até pode ter um rendimento pouca coisa maior que o movido à bateria de célula de etanol, mas os até 30 kms com um litro que a tecnologia brasileira já conhecida registra está de bom tamanho. Sem falar que o desenvolvimento ainda não chegou no topo e com as vantagens já citadas.
Se o Brasil não dormir no ponto e aproveitar a “exergia” do etanol , ou o uso máximo da capacidade de trabalho de uma fonte de 💥️energia, segundo a termodinâmica, teremos um “Proálcool elétrico”, reitera o cientista, entusiasmado com o alcançado pelo Brasil até agora, na parceria academia-setor privado, no desenvolvimento dessa matriz energética.
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