China adere a programa de vacina da OMS e ocupa espaço de Trump
O presidente Xi Jinping prometeu em maio que as vacinas desenvolvidas pela China se tornariam um “bem público” global a ser compartilhado por todos (Imagem: Reuters/Carlos Garcia Rawlins)
A 💥️China participará de uma iniciativa apoiada pela 💥️Organização Mundial da Saúde para fornecer uma vacina contra o 💥️coronavírus para nações em desenvolvimento.
O país asiático passa a ocupar um lugar de liderança global deixado pelo presidente dos EUA, 💥️Donald Trump, que rejeitou o programa.
Pequim aderiu na quinta-feira à iniciativa Covax, de US$ 18 bilhões, que pretende dar aos países pobres o mesmo acesso a vacinas que as nações mais ricas. Os detalhes do compromisso da China, incluindo o montante de recursos, não foram divulgados imediatamente.
“Mesmo quando a China lidera o mundo com várias vacinas em estágios avançados de pesquisa e desenvolvimento e tem ampla capacidade de produção, ainda assim decidiu se juntar à Covax”, afirmou a porta-voz Hua Chunying em comunicado distribuído na sexta-feira. “Estamos dando este passo concreto para garantir distribuição equitativa de vacinas, especialmente para países em desenvolvimento, e esperamos que países mais capazes também se juntem e apoiem a Covax.”
A decisão foi tomada cerca de três semanas após o prazo definido pela iniciativa, mas faz com que a China se compare positivamente com os EUA em um momento em que as tensões entre as duas maiores economias globais se agravam em esferas como 💥️comércio, tecnologia e direitos humanos.
O governo Trump se retirou da OMS e se negou a participar da Covax. Um porta-voz da Casa Branca afirmou que os EUA não “seriam limitados pela corrupta Organização Mundial da Saúde e pela China”.
O presidente 💥️Xi Jinping prometeu em maio que as vacinas desenvolvidas pela China se tornariam um “bem público” global a ser compartilhado por todos.
A decisão também pode ajudar a imagem do país no exterior após críticas generalizadas sobre o combate ao surto inicial na cidade de Wuhan, onde a Covid-19 surgiu no ano passado.
O governo Trump se retirou da OMS e se negou a participar da Covax. Um porta-voz da Casa Branca afirmou que os EUA não “seriam limitados pela corrupta Organização Mundial da Saúde e pela China” (Imagem: REUTERS/Joshua Roberts)
Uma pesquisa global realizada esta semana pelo Pew Research Center concluiu que as percepções negativas da China atingiram os maiores níveis históricos nos EUA e em outras economias importantes.
‘Vitória de influência’
“Em muitos aspectos, esta é uma vitória de influência para a China, que vem em meio a uma série de relatos negativos em outras áreas nas últimas semanas”, disse Nicholas Thomas, professor associado de segurança em saúde na City University em 💥️Hong Kong. “É uma vitória facilitada pela decisão impetuosa do presidente Trump de se retirar da OMS e de sua falta de visão ao recusar o comprometimento dos EUA com a Covax.
Agora, tudo que a América fizer nesse sentido será visto como esforço para alcançar a China, quando se esperava que os EUA liderassem.”
A participação da China também representa um grande ganho para a Covax porque a possibilidade de fornecer doses até mesmo para uma fração dos 1,4 bilhão de chineses aumentaria a massa crítica e seu poder de negociação. A Covax é liderada pela Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias e pela aliança de vacinação Gavi.
O país atualmente tem nove vacinas em desenvolvimento e nove em avaliação, com a meta de garantir 2 bilhões de doses em 2023.
A China tem sido pioneira no desenvolvimento de vacinas contra o coronavírus. Nove candidatas entraram em testes clínicos e quatro destas receberam aprovação para realização de testes clínicos em estágio final (Fase III) no exterior.
Indonésia, Bangladesh, Paquistão, Marrocos e Egito têm acordos formais com as principais fabricantes de vacinas da China.
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