Fecoagro estima quebra de ao menos 30% na safra de trigo do Rio Grande do Sul
Os dois Estados respondem pela grande maioria da produção do Brasil, um importador líquido do cereal (Imagem: Unsplash/@nadine)
O 💥️Rio Grande do Sul, segundo maior fornecedor de 💥️trigo do 💥️Brasil após o 💥️Paraná, deverá ter uma quebra de safra de pelo menos 30% ante as expectativas iniciais, com a produção deste ano estimada em cerca de 2 milhões de toneladas, afirmou a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (FecoAgro/RS) nesta terça-feira.
Segundo o presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires, o produtor investiu no cereal este ano em meio a bons preços, mas uma geada e a seca nas últimas semanas prejudicaram o potencial produtivo de plantas.
A colheita do trigo segue em andamento no Rio Grande do Sul, com regiões de clima mais quente, como as Missões, já tendo colhido cerca de 50% da área. No Estado, aproximadamente 20% da lavoura havia sido colhida até a semana passada, segundo a Emater-RS.
“Da euforia passamos para a frustração. Iniciamos um plantio com 26% de aumento de área e o Rio Grande do Sul sonhou em colher 3 milhões de toneladas de trigo. Infelizmente tivemos uma geada em 22 de setembro que levou parte deste potencial produtivo e depois a seca, somando dois eventos climáticos em uma cultura só”, disse Pires, em nota divulgada pela FecoAgro.
Ele comentou ainda que os “preços excepcionais” que o produtor de trigo tem hoje, de mais de 70 reais a saca, não serão aproveitados por muitos produtores, pois um volume de cerca de 1 milhão de toneladas está comprometido com contratos fechados anteriormente com valores mais baixos.
Caso a previsão de safra da FecoAgro se confirme, a produção ficaria ligeiramente abaixo da colheita de 2,2 milhões de toneladas da temporada passada, disse a federação.
Já o Paraná tem a safra estimada em cerca de 3,3 milhões de toneladas, conforme a previsão mais recente do Departamento de Economia Rural (Deral). A colheita paranaense está entrando na reta final, com mais de 80% da área colhida.
Os dois Estados respondem pela grande maioria da produção do Brasil, um importador líquido do cereal.
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