Covid-19: governos europeus avaliam lockdowns diante de falta de opções
Como outros líderes da região, Macron começa a ficar sem opções. Embora autoridades no continente tentem combater o avanço pandemia, seus esforços para limitar a propagação do coronavírus com medidas mais suaves (Imagem: REUTERS/Christian Hartman)
A medida drástica que nenhum político europeu queria tomar está de volta à agenda: os chamados lockdowns.
O presidente da 💥️França, 💥️Emmanuel Macron & cujo governo evitou cuidadosamente discutir publicamente uma paralisação nacional devido ao recente aumento de casos de 💥️coronavírus -, cedeu na sexta-feira e reconheceu que o país poderia retomar restrições mais amplas de mobilidade.
Como outros líderes da região, Macron começa a ficar sem opções. Embora autoridades no continente tentem combater o avanço pandemia, seus esforços para limitar a propagação do coronavírus com medidas mais suaves & desde o uso obrigatório de máscaras até toque de recolher parcial & não estão funcionando.
Para os líderes Giuseppe Conte, da 💥️Itália, e 💥️Angela Merkel, da 💥️Alemanha, existem grandes riscos políticos. Embora tenham sido elogiados pela forma como administraram a primeira onda, as críticas agora aumentam.
A população está cansada, as divisões entre governos locais e nacionais se acumulam e, se um lockdown prolongado for a única resposta, serão culpados pela destruição das economias.
A nova onda de coronavírus parece diferente da primeira. O número de casos parece muito maior & a França divulgou recorde de novas infecções no domingo -, mas isso também reflete mais testes.
Enquanto isso, o número de mortes & embora muito menor do que na primavera europeia & está aumentando, assim como o fluxo de pacientes que precisam de cuidados hospitalares.
Com os serviços de saúde gradualmente sob pressão, uma ferramenta contundente permanece: fechar a economia e emitir a ordem de ficar em casa.
“Os políticos têm decisões difíceis a tomar”, disse Jean-François Delfraissy, médico-chefe que aconselha o governo francês sobre a pandemia, em entrevista à rádio RTL na segunda-feira. “Esta segunda onda provavelmente será pior do que a primeira. Está se espalhando por toda a 💥️Europa.”
Depois do lockdown imposto na primavera, muitos europeus se opõem fortemente a um segundo. Manifestantes em cidades como Londres, Nápoles e Berlim marcharam no fim de semana contra a “tirania” da pandemia. Na Itália, algumas academias e cinemas disseram que não obedecerão às ordens de fechamento.
Com os serviços de saúde gradualmente sob pressão, uma ferramenta contundente permanece: fechar a economia e emitir a ordem de ficar em casa (Imagem: Pixabay)
Para piorar as coisas, mesmo medidas drásticas não trarão alívio imediato. Apesar dos pedidos para um fechamento estrito de duas semanas no 💥️Reino Unido, uma análise de dados da primavera mostra que a ordem de quarentena, emitida em 23 de março, começou a surtir efeito cerca de quatro semanas depois.
Na França, o número de pacientes hospitalizados continuou subindo por quase um mês depois que o lockdown nacional foi implementado em 17 de março. Depois disso, diminuiu lentamente.
“Este é um momento perigoso para muitos países do hemisfério norte”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da💥️ Organização Mundial da Saúde, em conferência no domingo. “Mas, repetidamente, vimos que tomar as medidas certas rapidamente significa que o surto pode ser administrado.”
Alguns governos estão prontos para adotar medidas mais duras. A Bélgica avalia um lockdown. Polônia e República Tcheca & o país mais atingido na Europa & sinalizaram que mais restrições podem estar a caminho. A Irlanda fechou a 💥️economia por seis semanas.
A chanceler alemã, que recentemente pediu maior urgência no combate à pandemia, antecipou uma reunião com líderes estaduais para discutir os próximos passos para quarta-feira.
O jornal Bild noticiou que o país adotaria restrições “leves” que afetariam restaurantes, bares e eventos, mas que manteria a maioria das escolas abertas.
“Este é um momento perigoso para muitos países do hemisfério norte”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus (Imagem: Divulgação/OMS)
Na 💥️Espanha, o governo central anunciou planos de conceder às regiões do país amplos poderes para declarar lockdowns, restrições ao movimento e toques de recolher.
A medida visa delegar algumas medidas impopulares às autoridades locais e evitar oposição aos decretos nacionais, como aconteceu no início do ano.
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