Por preço menor e consumo doméstico maior, café robusta acentua demanda industrial interna e externa

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Variedade de café menos nobre tem consumo garantido nas torrefadoras e indústrias de solúvel (Imagem: Marcello Casal Jr)

A saca do 💥️café robusta em torno dos R$ 420 reforça a redução da quantidade do arábica vendida no varejo brasileiro. Cresceu o uso da variedade no blend com o segundo tipo, considerado mais nobre apesar das várias escalas qualitativas.

O mercado internacional também se tornou mais comprador, onde aceitação do robusta – ou conilon – é destinada à indústria de café solúvel.

E as previsões para 2023 se mantêm iguais as de 2023.

Nas torrefadoras brasileiras, o aumento na mistura já vinha ocorrendo, pelo ganho do consumo doméstico nos meses mais agudos da pandemia, confirma Lúcio Dias, superintendente comercial da Cooxupé. 💥️Em julho, por exemplo, isso era bastante visível, como destacou Money Times.

Mas, mesmo com esse aquecimento, o poder aquisitivo seguia reprimido, daí que as marcas passaram compor seus produtos com mais conilon, que pesa menos no fluxo de caixa.

“Só que agora caiu um pouco porque o preço (R$ 420/sc) ficou muito alto”, diz o executivo da maior cooperativa brasileira de arábica.

Para a maior cooperativa brasileira de conilon, a Cooabriel, do Espírito Santo, a qualidade crescente do conilon também acentua a demanda das indústrias locais e internacionais. E os preços competitivos igualmente elevam a procura, afirma Edmilson Calegari, gerente geral.

No mercado internacional, o consumo tradicional do café instantâneo, tipicamente doméstico, marcou pontos também pelas restrições de circulação mais severa. “A pegada da indústria de solúvel foi muito forte e deverá continuar”, avalia Marcus Magalhães, da Maros Corretora, do Espírito Santo, centro brasileiro da variedade.

Vai pesar para o ciclo 21/22 a menor disponibilidade esperada para o café arábica brasileiro, tanto internamente quanto externamente, lembra Magalhães, proprietário também da MM Cafés.

A trading suíça 💥️Volcafe, por exemplo, estima safra 33% menor no Brasil, sob impacto da seca este ano, cuja produção poderá cair para 34,2 milhões de sacas. Se consolidado, inflaria muito o estimado déficit global de café.

Ai que entrará, portanto, mais robusta para as necessidades das indústrias.

Este ano, segundo a Conab, foram colhidas 14,2 milhões de sacas.

No mercado londrino, onde se negocia a variedade dominada pelo Vietnã, a tonelada já atingiu máximas de US$ 1,4 mil em 20 de novembro, mas perdeu força para os US$ 1,365 mil desta quinta (26), mas não perde totalmente o viés altista ante os fortes recuos na oferta do produto asiático.

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