Concorrência deve pressionar ainda mais comissões de gestoras

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Com a pressão, gestores ativos devem enfrentar mais dificuldades, o que pode levar a uma maior consolidação no setor (Imagem: Pixabay/@nattanan23)

A pressão sobre gestoras de ativos aumenta, pois as comissões do setor, já em mínimas históricas, devem cair ainda mais em 2023.

Mais da metade das gestoras de ativos planejam reduzir as taxas no próximo ano, segundo pesquisa da Brown Brothers Harriman divulgada na terça-feira. As comissões médias na 💥️Europa já caíram para nível recorde, pois a popularidade crescente de produtos passivos baratos aumenta a concorrência, disse a Morningstar em outro relatório.

Investidores têm sacado recursos de fundos administrados ativamente e aplicado em produtos passivos mais baratos. Com isso, a comissão média paga na Europa caiu quase 30% desde 2013, para 0,69%, segundo a Morningstar.

Com a pressão, gestores ativos devem enfrentar mais dificuldades, o que pode levar a uma maior consolidação no setor.

“As gestoras precisam refletir e olhar seriamente para si mesmas”, disse Shawn McNinch, diretor-gerente de serviços ao investidor e responsável por vendas nos EUA da Brown Brothers Harriman. “O desafio para gestoras de médio porte é realmente se concentrar em onde são diferentes e onde podem agregar valor.”

No grupo dos fundos 25% mais baratos da Europa, os passivos registraram entradas de 10,1 bilhões de euros (US$ 12,3 bilhões) neste ano até outubro, em comparação com saídas de 2 bilhões de euros em fundos ativos, de acordo com a Morningstar. A queda das comissões foi liderada por fundos passivos, e o aumento da competição por ativos também levou à queda das taxas de fundos de índice.

As taxas médias cobradas por um grupo crescente de fundos que levam em consideração fatores ambientais, sociais e de governança, ou ESG na sigla em inglês, também afetam fundos que não usam esses critérios, disse a Morningstar.

Guerra de preços

Até mesmo a Vanguard Group, especialista em fundos passivos que acumulou US$ 6,3 trilhões com a ideia antes combatida de que poderia prosperar cortando custos para investidores, sente o impacto da guerra de preços. Os fluxos líquidos para os fundos da Vanguard diminuíram em 2023, pois rivais lançaram produtos semelhantes e, nos últimos meses, a empresa adiou alguns planos de expansão global.

A competição já levou alguns gestores ativos a unir forças: a Franklin Resources comprou a Legg Mason neste ano. No entanto, os resultados dessa consolidação foram divergentes.

A Janus Henderson e a Standard Life Aberdeen não conseguiram estancar as saídas de recursos desde a fusão há três anos.

Mais de 30% dos gestores que participaram da pesquisa da Brown Brothers Harriman, que incluiu mais de 50 executivos que administram US$ 18 trilhões, disseram que estudam a criação de fundos passivos ou de índices, que são mais baratos e podem ajudá-los a recuperar parte dos recursos retirados dos fundos ativos.

“As pessoas estão olhando para os ETFs de forma diferente do que há cinco anos”, disse McNinch, da Brown Brothers Harriman. “Agora, os gestores estão realmente adotando os ETFs como uma estrutura em si, porque podem criar produtos ativos dentro deles.”

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