Banco Central passa a ver menos crescimento em 2023 com lentidão na retomada do emprego e da normalidade
“Essa mudança embute elevação do carregamento estatístico após a revisão das projeções para 2023 e perspectiva de menores taxas trimestrais de variação do que previsto no Relatório de Inflação de setembro”, disse o BC (Imagem: Reuters/Adriano Machado)
O 💥️Banco Central piorou levemente sua projeção para o 💥️Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 a um crescimento de 3,8%, ressaltando que a revisão reflete expectativa de antecipação da recuperação esperada para este ano, além de uma retomada mais lenta no mercado de trabalho e na volta à normalidade após as restrições impostas pela pandemia do 💥️coronavírus.
A perspectiva, publicada no Relatório Trimestral de 💥️Inflação nesta quinta-feira, vem após alta de 3,9% calculada em setembro para o PIB do próximo ano.
O BC frisou, mais uma vez, que suas estimativas foram feitas sob “incerteza acima da usual sobre o ritmo de crescimento da 💥️economia“, sendo novamente condicionadas ao arrefecimento gradual da crise sanitária, à manutenção do regime fiscal e ao cenário de continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira.
“Essa mudança embute elevação do carregamento estatístico após a revisão das projeções para 2023 e perspectiva de menores taxas trimestrais de variação do que previsto no Relatório de Inflação de setembro”, disse o BC.
“Em parte, essa revisão reflete a antecipação da recuperação econômica esperada, ao menos para alguns setores e componentes da demanda, para o ano de 2023. P
or outro lado, o menor crescimento trimestral também é consequência da recuperação mais lenta do mercado de trabalho e dos índices de mobilidade”, completou.
Para este ano, a autoridade monetária revisou sua estimativa a uma contração de 4,4%, melhora frente a uma queda de 5% vista anteriormente, movimento em linha com o que já vinha sendo promovido pelo mercado e pelo próprio governo.
Segundo a autoridade monetária, a revisão da série histórica do PIB, que produziu elevação das variações interanuais nos dois primeiros trimestres de 2023, aliada ao desempenho no terceiro trimestre ligeiramente melhor do que o antecipado, na mesma métrica, contribuíram para esse ajuste.
“No mesmo sentido, indicadores de frequência mais elevada sugerem continuidade da recuperação da atividade econômica no quarto trimestre”, disse o BC no relatório.
Em comparação, o💥️ Ministério da Economia prevê alta do PIB de 3,2% em 2023, após recuo de PIB de 4,5% este ano, no que será o pior desempenho histórico da economia brasileira, na esteira dos impactos do surto de Covid-19 sobre a atividade.
Já os economistas ouvidos pelo BC no mais recente boletim Focus projetam uma expansão da atividade de 3,50% no ano que vem e tombo de 4,41% neste.
Para este ano, o BC melhorou sua previsão para a agropecuária a uma alta de 2,3% (sobre 1,3% antes), ao mesmo tempo em que passou a ver uma queda menos intensa da 💥️indústria, de 3,6% (-4,7% antes), e do setor de 💥️serviços, com contração de 4,8% (-5,2% antes).
Pelo lado da demanda, o BC piorou suas contas para o consumo das famílias e do governo a quedas de 6% e 4,8% em 2023, contra recuos de 4,6% e 4,2% antes. Por outro lado, melhorou sua estimativa para investimentos a uma retração de 4,4% em 2023, frente a 6,6% antes
Quanto à política monetária, o BC reforçou a mensagem que já vinha ressaltando em suas últimas comunicações públicas.
Na semana passada, o BC manteve a Selic em sua mínima histórica de 2% ao ano pela terceira reunião consecutiva do Comitê de Política Monetária (💥️Copom) e destacou que, em função do quadro inflacionário, as condições para seu compromisso de não elevar os juros básicos & via forward guidance& podem em breve não estar mais satisfeitas.
Apesar disso, o BC destacou que uma alta da Selic não seria um processo mecânico.
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