Petrobras fecha 2023 com US$ 2 bilhões em caixa com desinvestimentos
A estatal tem ampliado os processos de desinvestimentos nos últimos anos (Imagem: REUTERS/ Sergio Moraes)
A 💥️Petrobras (💥️PETR4) fechará 2023 com entrada em caixa de cerca de 2 bilhões de dólares em desinvestimentos, disse a empresa nesta quarta-feira, 💥️após a conclusão da venda da totalidade da subsidiária de distribuição de gás 💥️Liquigás a um grupo formado por 💥️Itaúsa (💥️ITSA4), Copagaz e Nacional Gás Butano.
A companhia anunciou na tarde desta quarta o fechamento do negócio envolvendo a Liquigás, que atua no engarrafamento, distribuição e comercialização de gás liquefeito de petróleo (GLP) e possui 21,4% de participação de mercado no Brasil, por meio do pagamento de 4 bilhões de reais pelos compradores.
“Com essa transação, com esse ‘closing’ de hoje, nós vamos chegar nos 2 bilhões… Arrendondando, mas aproximadamente 2 bilhões de dólares”, afirmou a gerente-executiva de Gestão de Portfólio da Petrobras, Ana Paula Saraiva, em conferência com jornalistas.
A estatal tem ampliado os processos de desinvestimentos nos últimos anos, buscando reduzir seu endividamento e focar suas atividades na produção e exploração de petróleo e gás em águas profundas e ultraprofundas. Para o período de 2023 a 2025, a previsão é de que as vendas de ativos somem entre 25 bilhões e 35 bilhões de dólares.
Saraiva disse que a conclusão da venda da Liquigás foi uma “batalha” para a Petrobras, e classificou o fechamento do negócio como “um dia bacana”.
A petroleira chegou a passar, em 2018, por uma primeira tentativa de venda da Liquigás, na ocasião para o Grupo Ultra, mas a transação acabou bloqueada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (💥️Cade).
Também na conferência, o diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade, Roberto Ardenghy, afirmou que a venda da Liquigás tende a ser benéfica para o consumidor, acrescentando que o mercado “já tem um certo nível de concorrência” e que o Cade aprovou a operação com restrições.
O órgão antitruste condicionou a venda da subsidiária à assinatura de um Acordo em Controle de Concentrações (ACC), para assegurar que o compartilhamento de ativos e prestação de serviços entre concorrentes “não favoreça a adoção de práticas coordenadas pelas empresas”, segundo decisão de novembro.
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