Empresas da Siemens se juntam para impulsionar “boom” do hidrogênio verde
O hidrogênio verde é criado pela divisão da água em seus dois componentes por meio do uso da eletricidade proveniente de fontes renováveis de energia (Imagem: REUTERS/Vincent West)
A 💥️Siemens Gamesa e a Siemens Energy estão desenvolvendo uma turbina eólica comercial “offshore” que produz hidrogênio por meio de eletrólise, indicaram as empresas, em iniciativa que representa um importante avanço para a produção em grande escala de hidrogênio renovável.
As companhias estão investindo 120 milhões de euros (146 milhões de dólares) para desenvolver o sistema.
Os planos, que ainda não haviam sido noticiados pela imprensa, são a iniciativa mais concreta da indústria de renováveis até o momento para se aproveitar do crescimento esperado na demanda por hidrogênio.
O hidrogênio renovável tem sido visto pela 💥️União Europeia como um meio de atingir metas de redução de emissões, ao substituir combustíveis fósseis em setores que enfrentam dificuldades para se “descarbonizar”.
Em busca de ficar à frente de seus principais concorrentes, Vestas e General Electric, a Siemens Gamesa e a Siemens Energy miram grandes grupos da indústria como clientes a partir de meados desta década, incluindo siderúrgicas, refinarias e empresas químicas.
“No fundo, trata-se de desenvolver um produto comercialmente viável”, disse Christian Bruch, CEO da Siemens Energy, empresa que controla 67% da Siemens Gamesa, maior fabricante de turbinas eólicas “offshore” do mundo.
“Não conheço nenhuma outra companhia que combine energia eólica, eletrólise e tecnologia de alta tensão ‘offshore’ (em alto mar) em uma única empresa”, afirmou.
A Siemens Energy se separou no ano passado de sua antiga matriz, a Siemens por meio de uma cisão. Cerca de um sexto de toda a eletricidade gerada globalmente é baseada na tecnologia do grupo.
“Temos que adaptar completamente a turbina, que foi desenhada para a produção de eletricidade”, disse o CEO da Siemens Gamesa, Andreas Nauen.
O esforço conjunto tem como objetivo integrar completamente a tecnologia do eletrolisador, que é necessária para a produção de hidrogênio, às turbinas “offshore”.
“Estamos focando na nossa turbina de 14 megawatts, que será nosso produto básico para meados da década de 2023”, disse Nauen.
O hidrogênio verde é criado pela divisão da água em seus dois componentes por meio do uso da eletricidade proveniente de fontes renováveis de energia, como eólica e solar, em contraponto ao hidrogênio cinza, uma alternativa mais barata produzida mediante combustíveis fósseis.
Segundo Nauen, os custos de produção do hidrogênio teriam que diminuir pela metade nos próximos cinco anos.
Embora a maioria dos projetos em todo o continente ainda estejam em fase piloto, a União Europeia considera que os investimentos em hidrogênio verde na Europa podem chegar a 470 bilhões de euros até 2050 e criar até 1 milhão de empregos.
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