Bilionário Arnault teria perdas com venda de fatia em Carrefour
A Couche-Tard ofereceu 20 euros por ação da rede de supermercados francesa (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)
O veículo de investimento do bilionário Bernard Arnault teria prejuízo com sua participação no 💥️Carrefour se a varejista francesa for comprada pela canadense Alimentation Couche-Tard.
Arnault, que acabou de concluir a aquisição da Tiffany & Co. pela 💥️LVMH por US$ 16 bilhões, agora está diante do novo acordo transatlântico, desta vez envolvendo a venda de uma fatia de 5,5% no Carrefour do Groupe Arnault.
O acordo foi suspenso depois que o governo francês sinalizou oposição inicial à oferta de US$ 20 bilhões. Se o negócio for retomado, Arnault terá pela frente um preço de oferta equivalente a menos da metade do nível da cotação das 💥️ações do Carrefour quando investiu na empresa.
A Couche-Tard ofereceu 20 euros por ação da rede de supermercados francesa. As ações do Carrefour eram negociadas a 47 euros, em média, em março de 2007, quando o Groupe Arnault comprou os papéis.
A preço de mercado, o negócio avaliou sua participação em cerca de 1,5 bilhão de euros (US$ 1,8 bilhão). A Couche-Tard está oferecendo 900 milhões de euros pela participação do grupo de investimento.
A oferta da Couche-Tard representava um prêmio de cerca de 29% sobre o preço de fechamento do Carrefour na terça-feira, quando a Bloomberg divulgou o acordo pela primeira vez. O preço da oferta pode subir se as empresas estiverem dispostas a negociar, segundo pessoas a par do assunto.
Investidores bilionários
Arnault tem patrimônio mais do que suficiente para absorver quaisquer perdas de sua aposta no Carrefour. Junto com 💥️Elon Musk, 💥️Jeff Bezos e 💥️Bill Gates, ele faz parte de um grupo rarefeito de super-ricos globais com patrimônio líquido de mais de US$ 100 bilhões, de acordo com o Índice de Bilionários da 💥️Bloomberg. Sua fortuna teve pouca variação neste ano, após se recuperar da crise em 2023 causada pela pandemia.
Além da família Arnault, outro clã francês bilionário com investimentos no Carrefour é a família Moulin, fundadora do grupo de lojas de departamento Galeries Lafayette. Abilio Diniz é outro entre os chamados acionistas-âncora do Carrefour.
Os três acionistas podem apoiar o negócio, desde que o preço permaneça acima de 20 euros e seja principalmente pago em dinheiro, “apesar do fato de que continuariam perdendo dinheiro devido aos seus pontos de entrada muito elevados”, disse Clement Genelot, analista da Bryan, Garnier & Co.
Por meio do veículo de investimento Motier, a família Moulin é a maior acionista do Carrefour, com participação de 9,8%. A empresa investiu na varejista em abril de 2014, quando o preço médio da ação era de 29 euros.
O grupo de Arnault é o terceiro maior acionista do Carrefour, depois da família Moulin e da Península, empresa de investimentos de Diniz, cuja participação era de 7,61% em 31 de dezembro de 2023.
Representantes do Groupe Arnault, Galeries Lafayette e Diniz não quiseram comentar sobre suas participações no Carrefour.
O filho de Arnault, Alexandre, está no conselho do Carrefour desde abril de 2023, enquanto um executivo do grupo, Nicolas Bazire, está no conselho há pelo menos 12 anos.
O presidente do conselho da Galeries Lafayette, 💥️Philippe Houze, genro de Ginette Moulin & que é a neta bilionária do fundador da rede de lojas de departamentos & ingressou no conselho em junho de 2015. Diniz foi nomeado em maio de 2016.
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