Brasil não está fazendo o suficiente para conter desmatamento ilegal, diz executivo da Natura

João Paulo Ferreira, natura

Ferreira afirmou que o governo está desmantelando mecanismos de proteção ambiental e desconsiderando fatos científicos (Imagem: REUTERS/Leonardo Benassatto)

O governo brasileiro precisa fazer mais para combater o aumento do desmatamento ilegal na floresta amazônica, que está prejudicando a reputação dos negócios do país, segundo o CEO para a 💥️América Latina da 💥️Natura & Co (💥️NATU3), João Paulo Ferreira.

A comunidade empresarial está tendo discussões positivas com o vice-presidente da República, 💥️Hamilton Mourão, que coordena as questões da 💥️Amazônia, disse Ferreira.

Mas essas conversas ainda não estão se refletindo nas ações do governo, de acordo com o executivo.

“Por que os resultados não aparecem?”, questionou Ferreira.

A Natura usa uma variedade de ingredientes da Amazônia em seus cosméticos, geralmente adquirindo-os através de comunidades indígenas locais ou outras comunidades tradicionais.

O desmatamento na Amazônia atingiu o nível mais alto em 12 anos em 2023, mostraram dados do governo, com uma área sete vezes o tamanho de Londres sendo desmatada.

Os defensores do meio ambiente culpam o presidente 💥️Jair Bolsonaro pela escalada na destruição. Bolsonaro defende que a Amazônia precisa ser desenvolvida para eliminar a pobreza, enquanto os ativistas dizem que ele incentiva a extração ilegal de madeira, mineração e pecuária.

Ferreira afirmou que o governo está desmantelando mecanismos de proteção ambiental e desconsiderando fatos científicos, embora não tenha mencionado o nome de Bolsonaro.

Apesar de os negócios da Natura não terem sido afetados, a política do governo para a Amazônia está prejudicando as exportações brasileiras e fazendo com que alguns produtos sejam vendidos com desconto, disse Ferreira.

Para o executivo, interromper a destruição ilegal da Amazônia é responsabilidade do governo e “não negociável”.

“Precisa cobrar uma ação nessa direção”, disse Ferreira.

Bolsonaro, Mourão, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e outras autoridades brasileiras dizem que o desenvolvimento econômico substituirá trabalhos ilegais por legais.

O governo enfatiza particularmente o crescimento da “bioeconomia”, um termo para cosméticos, alimentos, medicamentos e outros produtos baseados nos ricos recursos biológicos da Amazônia.

Ferreira disse que a bioeconomia deve ser desenvolvida como uma solução, mas que leva muito tempo.

Se o Brasil quer resultados ambientais de curto prazo, a maior oportunidade é o mercado de “serviços ambientais” como a venda de compensações de carbono, disse ele.

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