Brasil torce por vacinação em massa, mas produtores torcem contra tendência do dólar cair

Soja

Commodities podem ter resultado cambial menor com imunização em massa (Imagem: REUTERS/Gustavo Bonato/File Photo)

Os produtores de 💥️commodities e 💥️carnes brasileiros devem estar torcendo para a vacinação acelerada contra a covid-19, como a maioria dos brasileiros não negacionistas e que não estão preocupados com os ganhos e perdas políticos dos atores nacionais, mas contabilizarão alguma perda cambial se o mercado jogar o otimismo econômico sobre o 💥️dólar.

Como há uma ligação entre o desempenho positivo dos negócios, versus avanço da imunização, em qualquer parte do mundo, a tendência é que haja um enfraquecimento da divisa americana. Nesta segunda (18), o real perde levemente 0,08%, a R$ 5,31, às 11h22 (Brasília), depois de abrir em alta, atribuído também ao início da 💥️aplicação da Coronavac a partir de hoje.

Não se considera, naturalmente, a anulação dessa tendência o andar da política interna, sujeita a mais atritos entre Executivo e parlamentares – mais ainda em caso de vitória do candidato da oposição na Câmara -, e da patinação das reformas, além dos reflexos da cena internacional.

Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, acredita que “se a vacinação ganhar ritmo, sim, vai interferir”. Torcida, portanto, para que a demanda chinesa permaneça em alta e oferta ajustada.

O real bem acima de R$ 5 em 2023 ajudou muito, tornando a 💥️soja, 💥️milho e 💥️açúcar, além das proteínas animal, entre outros, mais baratos para os importadores. O analista não conhece o peso cambial na renda das exportações de soja e milho, por exemplo.

O açúcar o ano passado foi, das commodities, o maior beneficiário dos resultados cambiais. A demanda não avançou com a pandemia, nem havia déficit, o que deixava os preços em Nova York achatados numa faixa de 12 a 13 centavos de dólar por libra-peso, mas o produto estava barato na troca de dólares por reais, e as exportações explodiram.

O fator valorização da soja na bolsa de Chicago, que saiu dos US$ 8 e passou dos US$ 14 o bushel, está mantido para 2023, com a demanda chinesa sem esmorecer e temores sobre as safras brasileira e argentina. “Mas tem muita coisa vendida já”, diz Brandalizze, lembrando que também o milho safrinha 20/21 está incluído.

De modo que o efeito de um potencial emagrecimento do dólar, pelo viés sanitário, poderá ser sentido muito pouco. Não totalmente anulado, mas, sim, vai ser sentido.

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