China vai “comer nosso almoço”, alerta Biden após conversa com Xi Jinping
Xi disse a Biden que o confronto seria um “desastre” e que os dois lados deveriam restabelecer os meios para evitar erros de julgamento (Imagem: Facebook/ Joe Biden)
O presidente dos 💥️Estados Unidos, 💥️Joe Biden, e seu equivalente chinês, 💥️Xin Jinping, conversaram pela primeira vez por telefone como líderes que parecem discordar em grande parte dos assuntos, mesmo com Xi alertando que o confronto seria um “desastre” para ambos os países.
Embora Xi tenha pedido uma cooperação onde os dois lados saiam ganhando, Biden disse que os EUA são o “mais sério adversário” da 💥️China e prometeu “competir e ganhar” de Pequim.
Na quinta-feira, Biden disse a um grupo de senadores norte-americanos de ambos os partidos em uma reunião sobre a necessidade de ampliar a infraestrutura dos EUA para aumentar a competitividade diante do desafio dos chineses.
Biden afirmou ter conversado com Xi por duas horas na noite de quarta-feira e avisou aos senadores: “Se não começarmos a nos mexer, eles vão comer o nosso almoço”.
“Eles estão investindo bilhões de dólares em uma série de questões que tem a ver com transportes, meio ambiente e uma gama de outras coisas. Precisamos de um passo à frente”.
A Casa Branca disse que Biden enfatizou a Xi que é prioridade dos EUA preservar a região indo-pacífica livre e aberta, área onde os Estados Unidos e a China são grandes rivais estratégicos.
Biden também expressou preocupações “fundamentais” sobre as práticas comerciais “coercitivas e injustas” de Pequim, assim como questões de direitos humanos, incluindo a repressão chinesa em Hong Kong e o tratamento aos muçulmanos de Xinjiang, além de ações cada vez mais assertivas na Ásia, incluindo em relação a Taiwan.
A porta-voz da Casa Branca Jen Psaki disse que Biden também expressou preocupação com a falta de transparência da China em relação ao 💥️coronavírus.
Todas as questões de direitos mencionadas por Biden foram as que Pequim havia pedido explicitamente para que seu governo ficasse de fora.
Xi disse a Biden que o confronto seria um “desastre” e que os dois lados deveriam restabelecer os meios para evitar erros de julgamento, afirmou o Ministério de Relações Exteriores da China.
Xi manteve um tom de linha dura em relação a Hong Kong, Xinjiang e Taiwan, chamando-os de questões de “soberania e integridade territorial” que esperava que Washington lidasse de maneira cautelosa.
A conversa por telefone foi a primeira entre os líderes chinês e norte-americano desde que Xi falou com o ex-presidente Donald Trump no último dia 27 de março, quase 11 meses atrás.
Desde então, as relações entre as duas maiores economias do mundo têm se deteriorado.
Durante o governo Trump, os EUA lançaram uma série de ações contra a China, incluindo uma guerra comercial, sanções contra autoridades e empresas chinesas consideradas ameaças de segurança, e contestaram as reivindicações territoriais de Pequim sobre o Mar do Sul da China.
Xi parabenizou Biden por sua eleição em uma mensagem em novembro, embora Biden o tenha chamado de “bandido” durante a campanha e prometido liderar um esforço internacional para “pressionar, isolar e punir a China”.
Autoridades chinesas expressam a esperança contida de que as relações bilaterais melhorarão com Biden, e exortaram Washington a buscar um meio-termo com Pequim.
Os relatos norte-americano e chinês do telefonema mencionaram áreas de cooperação em potencial, com destaques para a mudança climática e o combate à pandemia de Covid-19.
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