BlackRock aperta o cerco para que empresas reduzam emissões
Nos últimos três anos, a BlackRock aumentou a pressão sobre empresas para que tomem medidas mais ambiciosas para reduzir o impacto ambiental (Imagem: Facebook/BlackRock)
A 💥️BlackRock forneceu mais detalhes aos diretores de empresas sobre o que quer ver em seus planos para desacelerar o aquecimento global e alertou que pode votar contra aqueles que não atendem aos seus padrões.
A maior acionista do mundo publicou um 💥️documento de cinco páginas na quarta-feira com suas expectativas de como as empresas devem lidar com os riscos climáticos. São os primeiros detalhes após a carta em janeiro do CEO da gestora, Larry Fink, na qual 💥️pediu que as empresas se alinhem aos esforços globais para zerar as emissões de gases de efeito estufa até 2050.
“Esperamos que os diretores tenham fluência suficiente em riscos climáticos e na transição energética para permitir que todo o conselho & em vez de um único diretor ‘especialista em clima’ & forneça a supervisão adequada do plano e das metas da empresa”, diz o documento.
A gestora de ativos pode votar contra os diretores se uma empresa não tiver fornecido “um plano confiável para a transição de seu modelo de negócios para uma economia de baixo carbono”.
Em outros casos, a BlackRock está aberta a apoiar propostas de acionistas que forçarão a empresa a fazer mudanças, se achar que “a atenção para o assunto pode ser acelerada”.
Nos últimos três anos, a BlackRock aumentou a pressão sobre empresas para que tomem medidas mais ambiciosas para reduzir o impacto ambiental. No ano passado, a gestora aderiu ao Climate Action 100+, um grupo de investidores com US$ 52 trilhões em ativos que trabalha para coordenar as iniciativas de investidores para abordar o desafio climático.
O ativismo da BlackRock coincide com a meta de oito das maiores economias do mundo de zerar as emissões líquidas. Esse número aumentará para nove se o presidente dos EUA, Joe Biden, cumprir sua promessa de campanha.
Especialistas em clima disseram que as novas instruções não têm o alcance suficiente para ajudar a evitar um aquecimento catastrófico. Depois de anos de críticas de ativistas, a BlackRock votou no ano passado contra a gerência de 69 empresas que faziam parte de um grupo de 440 companhias que a gestora classifica como intensivas em carbono. Neste ano, decidiu 💥️expandir esse universo para 1.000 empresas, que respondem por 90% das emissões diretas de todas as companhias em que investe. A BlackRock não quis compartilhar quais empresas estão na lista ampliada.
O foco na gestão de risco “indica que a BlackRock está mais preocupada em se proteger dos impactos das mudanças climáticas, em vez de também limitar suas próprias contribuições”, disse a organização BlackRock’s Big Problem em 💥️análise.
“A BlackRock insistirá que as empresas estabeleçam metas de emissão compatíveis com o limite da mudança climática em 1,5°C?”.
Embora as instruções da empresa ofereçam mais detalhes sobre sua posição climática do que antes, ainda são 💥️menos precisas do que o recomendado por ativistas. Isso possivelmente porque a BlackRock investe em empresas globais e tem que considerar países em diferentes estágios de combate à mudança climática.
“Empresas em mercados desenvolvidos e emergentes não estão igualmente equipadas para fazer a transição de seus negócios e reduzir as emissões no mesmo ritmo”, diz o documento. Muitos países da Ásia atualmente estão aquém de economias desenvolvidas no estabelecimento de metas climáticas nacionais ambiciosas, afirma o documento, e a BlackRock espera que empresas nessas regiões façam planos “em antecipação” às regulamentações que virão com metas futuras para zerar as emissões líquidas.
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