Intervenção na Petrobras derruba ações da Cosan, Ultrapar e BR Distribuidora; veja por quê

BR Distribuidora

Fogo cruzado: BR Distribuidora é um dos papéis com forte queda nesta segunda (Imagem: Reprodução/BR Distribuidora)

💥️A intervenção do presidente 💥️Jair Bolsonaro na 💥️Petrobras (💥️PETR3; 💥️PETR4) deixou mais vítimas pelo caminho, além do atual CEO da estatal, 💥️Roberto Castello Branco. As redes de postos de combustíveis listadas na 💥️B3 também fecharam com forte queda durante nesta segunda-feira (22).

As ações da 💥️Cosan (💥️CSAN3) recuaram 6,61%, cotadas a R$ 81,99. A 💥️Ultrapar (💥️UGPA3) caiu 7,83%, cotada a R$ 21,07. Já a 💥️BR Distribuidora (💥️BRDT3) perdia 7,22% e terminou o dia vendida por R$ 21,21.

Como se sabe, a Cosan controla a rede de postos 💥️Shell no Brasil, por meio da 💥️Raízen, sua joint-venture com a gigante anglo-holandesa. Já a Ultrapar é dona da rede de postos 💥️Ipiranga, que entraram para o anedotário nacional como apelido de 💥️Paulo Guedes, ministro da Economia de Bolsonaro. E a BR Distribuidora, criada pela Petrobras e privatizada em 2023, possui uma licença para explorar a marca BR Petrobras em seus postos.

O tombo dos papéis de distribuidoras de combustíveis é compreensível. Basta lembrar que o estopim para troca de comando na Petrobras é a sua política de preços, que reajusta os combustíveis de acordo com a flutuação do mercado internacional.

Assunto inflamável

Somente em fevereiro, a estatal reajustou duas vezes os preços da gasolina e do diesel em suas refinarias. 💥️O último aumento, que entrou em vigor na sexta-feira (19), tornou o diesel 15% mais caro, e a gasolina, 10%.

Pressionado pelos caminhoneiros, categoria que o apoia e ameaça uma greve contra os reajustes, Bolsonaro criticou publicamente o reajuste 💥️e cumpriu a promessa de mudar a gestão da estatal.

O temor do mercado de que o ex-capitão adotará uma política econômica mais intervencionista e populista contamina também as ações da Cosan, Ultrapar e BR Distribuidora.

Joaquim Silva e Luna

Dobradinha: mercado teme que Silva e Luna (esq.) seja apenas um oficial de ordens de Bolsonaro no comando da Petrobras (Imagem: Itaipu/Divulgação)

A primeira via de contágio é a possibilidade de alguma delas adquirir uma das oito refinarias postas à venda pela Petrobras para se adequar às exigências do Cade, que combate a concentração no mercado de refino. Caso isso aconteça, a vencedora correria o risco de, mesmo sendo uma empresa privada, não ter liberdade para ajustar seus preços de acordo com a flutuação internacional.

A bomba é o limite

A segunda razão é que nada impede que o intervencionismo de Bolsonaro no setor de combustíveis extrapole as refinarias e chegue, mais dia, menos dia, nos preços e margens praticados pelas redes de postos.

Por último, alguns analistas acenam com a possibilidade inclusive de falta de combustíveis. Isso aconteceria, caso a Petrobras começasse a subsidiar os preços e induzisse o mercado a manter uma defasagem em relação ao exterior.

Com a gasolina e o diesel vendidos pela estatal artificialmente mais baratos, não haveria estímulo para os distribuidores importarem derivados de petróleo, colocando em risco o abastecimento. Atualmente, o Brasil importa entre 10% e 20% dos combustíveis que consome. Sem as importações, haveria risco de escassez e, no limite, de uma escalada de preços.

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