Cogna: termos do acordo com Eleva decepcionam, e analistas mantêm recomendação neutra
Na avaliação da XP Investimentos e do BTG Pactual, os termos do acordo entre Cogna e Eleva vieram piores do que o estimado (Imagem: YouTube/Cogna)
A 💥️Cogna (💥️COGN3) informou ontem à noite (22), em fato relevante divulgado ao mercado, que assinou com a 💥️Eleva Educação um acordo de compra e venda de ativos relacionados ao sistema de ensino básico. Os analistas, que já esperavam pela confirmação da transação, ficaram um pouco decepcionados com os valores acordados.
Por meio da subsidiária 💥️Vasta, a Cogna vendeu à Eleva a sua operação de educação básica B2C (Business to Consumer), enquanto a Eleva vendeu à Cogna seu sistema de ensino de educação básica B2B (Business to Business).
A Vasta vai pagar R$ 580 milhões na aquisição. O montante, correspondente a um múltiplo de Ebitda de 16,6 vezes em relação ao ano de 2023, será dividido em parcelas ao longo de cinco anos, devidamente atualizadas pela variação positiva do CDI.
A Eleva pagará R$ 964 milhões, dos quais R$ 625 milhões serão quitados ao longo de cinco anos e o restante será pago em debêntures conversíveis a serem emitidas pela Eleva no fechamento da transação. Em caso de oferta pública inicial (💥️IPO, na sigla em inglês) pela Eleva, as debêntures serão convertidas em novas ações de emissão da empresa.
Além disso, a Cogna e a Eleva vão assinar um acordo comercial com prazo de validade de dez anos para fornecimento de material escolar à Eleva com desconto anual de R$ 15 milhões nos primeiros quatro anos de vigência do negócio e formação de uma parceria entre Saber, Vasta e Eleva para o desenvolvimento de novas ferramentas educacionais e expansão das escolas da Eleva no Brasil.
O acordo comercial visa o fornecimento dos sistemas de ensino da Vasta para aproximadamente 90% dos atuais alunos da Eleva, bem como 100% dos alunos da Saber, além de todas as novas escolas com o mesmo perfil que venham a ser abertas ou adquiridas pela Eleva durante a vigência do contrato.
Na avaliação da 💥️XP Investimentos e do 💥️BTG Pactual (💥️BPAC11), os termos do acordo vieram piores do que o estimado. As duas instituições mantiveram a recomendação neutra da ação, com preços-alvo de, respectivamente, R$ 5,10 e R$ 5,40.
“Os investidores mais otimistas tinham esperanças de que a transação solucionasse o problema de alta alavancagem da Cogna, mas não foi o que aconteceu”, afirmaram Samuel Alves e Yan Cesquim, do time de análise do BTG. Os analistas destacaram que a alavancagem continua dependente da retomada do core business da companhia.
Veja o fato relevante divulgado pela Cogna:
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